Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

O “Calamar”


07/07/2015

Foto: autor desconhecido.

No verão de 1969, João Pessoa ganhava mais uma opção de gastronomia e diversão noturna, o “Calamar”. O equipamento foi inaugurado em novembro, chamando a atenção por sua beleza arquitetônica. Localizado na Praia do Cabo Branco, onde até pouco tempo funcionava o restaurante Marinas, hoje em ruínas, possuía quatro ambientes: uma boate moderníssima, com ar refrigerado; um restaurante com cozinha internacional; outro restaurante típico regional e uma área livre com bar e pista de dança.

Logo se tornou, não só o “point” social da cidade, como também uma das principais atrações turísticas, no quesito lazer. Seu proprietário, o empresário Evaldo Forte, esmerava-se em cuidados para dotar aquela casa com características que a credenciavam como uma excelente alternativa de divertimento para os que gostavam de curtir a noite ou fazer refeições num restaurante de qualidade. A vida noturna de nossa Capital assim ganhava nova movimentação.

Estive presente à sua festiva inauguração. A entrada na boate se fazia mediante o pagamento de trinta cruzeiros, a título de consumação. Essa cobrança era feita exclusivamente aos frequentadores do sexo masculino. As moças tinham acesso grátis.

Nesse tempo eu começava efetivamente a participar de forma mais assídua dos programas sociais da noite pessoense, principalmente onde houvesse a oportunidade dançar e paquerar. Qualquer novidade nesse aspecto fazia questão de comparecer e conhecer. E a abertura do Calamar, foi um desses eventos que guardo na lembrança com um sentimento de nostalgia e saudade.

• Integra a série de textos “INVENTÁRIO DO TEMPO II”.


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