Rui Leitão

Jornalista e escritor.

Geral

VIVEMOS UM TEMPO DE MUDANÇAS


08/11/2011

Foto: autor desconhecido.

 

             "Mudam-se os tempos. Mudam-se as vontades.
              Muda-se o ser, muda-se a confiança.
              Todo o mundo é composto de mudanças,
               tomando sempre novas qualidades
.”

Esse trecho de um poema de Camões retrata bem o mundo contemporâneo em que vivemos. As mudanças acontecem numa velocidade impressionante. Tudo muda a cada instante. Ou estamos preparados para nos adequar às mudanças que assistimos, ou pagamos o preço por nossa inadaptação.

Tudo em nossa vida está sujeito a mudanças: o trabalho, a saúde, a situação financeira, o amor, até o entusiasmo e a alegria de viver.

 

Na ação política também não é diferente. O dinamismo que essa atividade se impõe a partir das mudanças do mundo, exige dos seus atores reciclagem nas formas de pensar e de agir. Não estou falando em mudar de personalidade, estou falando em se adequar aos novos valores, às novas concepções, às novas exigências do universo social em que militam.

O político que se acomoda e não acompanha esse processo de transformação está fadado ao insucesso.
 

O que é preciso é ser competente nas escolhas que faz. Rever suas crenças e suas idéias, não representa adesismo irresponsável, inconseqüente, demagógico. Expressa maturidade de pensamento, conscientização do que é melhor para si e para a causa que se determinou a abraçar.

Toda mudança naturalmente aponta riscos e oportunidades. Ter consciência desses riscos e oportunidades é fundamental para que se possa tomar a decisão mais acertada.

A capacidade de interpretar para onde sopra o vento da história é condição “sine qua non” para um político promover mudanças no seu pensamento e na sua ação adequadas às exigências do tempo. Revolução, renovação, modernidade, progresso, quebra de paradigmas, visão republicana,  são termos do dicionário moderno da política que definem bem a importância do perceber o momento em que se faz necessário mudar. Quem não tiver essa percepção não acompanha a dinâmica da política.

A era da informação demanda uma visão atenta dos acontecimentos. Terá maior êxito quem melhor se adequar às transformações, às novas idéias, aos novos costumes, aos novos pensamentos, aos novos conceitos, à nova forma de encarar a vida.

Não adianta percorrer os mesmos caminhos, utilizar os mesmos veículos de comunicação, usar a mesma retórica. A modernidade abre a cada instante novos rumos, novos instrumentos de persuasão e de convencimento, novas interpretações dos fatos, novas demandas da sociedade. O político precisa, portanto, ser mutante sem perder a  personalidade construida ao longo de sua história de vida.
 


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