Antes de qualquer coisa tomemos um chá anti-ufanismo, o tal “oba oba”, que os meninos do Bairro da Torre volta e meia utilizam. Longe desse contexto, entretanto, não dá para ignorar que o encerramento do III Festival de Música Clássica realizado até domingo em João Pessoa serviu definitivamente para consolidar nossa Capital como a mais consistente cidade do Brasil a cultuar com elevado nivel a tal música erudita.

Temos números para provar: João Pessoa dispõe de uma Orquestra Sinfônica da Prefeitura, o Governo do Estado mantém duas outras – a Orquestra Sinfônica e outra Jovem, enquanto a UFPB mantém duas outras Sinfônicas. Bem comparando, lembremos que São Paulo, maior cidade da América do Sul, não tem essa quantidade, nem mesmo o Rio de Janeiro.

O lance maior que agora nos traz à baila não é apenas a quantidade, mas a qualidade de se cultuar a constituição de orquestras sinfônicas com bem cultural a carimbar uma cidade de tamanho médio, mas de favor artistico-cultural imensurável.

Para se ter uma idéia, nenhuma outra Capital do Nordeste dispõe de tamanha quantidade e qualidade.

Por isso, sem tirar nem por, a Funjope acertou em cheio ao consolidar essa condicionante, não só pela influência indireta do ex-governador Tarcisio de Miranda Burity mas da sensibilidade do prefeito Luciano Cartaxo de assumir essa envergadura, tanto quanto pelos músicos que aqui estão de casa ou fora dela capitaneados pelo eximio Maestro Laércio Diniz, também da Filarmonica de São Paulo e da Orquestra da Holanda.

ORQUESTRA DA UFPB

Na solenidade de 60 anos da UFPB, a Orquestra regida pelo maestro Carlos Anisio mostrou o esforço incomum de seus membros para mostrar um repertório singular, a partir de “O Guarani”, de Carlos Gomes.

A Orquestra da UFPB, pelo que se viu, está a exigir contratação de mais músicos para contemplá-la por inteiro, algo que só virá a partir de 2016.

Mas que mostrou raça e competência, isto ela mostrou.

ÚLTIMA

“Tô vendo tudo/ tô vendo tudo/
mas bico calado/ faz de conta que sou mudo…”