BRASÍLIA – O semi-árido do Nordeste se mantém agonizando com o prolongamento da estiagem com perspectiva de assim se manter diante das projeções do “El Nino”, em 2016. Nas últimas horas, podemos acompanhar efetivamente várias ações político – administrativas envolvendo o governador Ricardo Coutinho e o senador Cássio Cunha Lima, que denotam o grau do discurso e da prática de cada um dos lideres.

No saldo de ontem, quitna-feira,3, tivemos a oportunidade de acompanhar uma bela, ótima sessão no Senado Federal em que senadores, representantes de Governo e especialistas admitiram que a situação da disponibilidade de água é alarmante.

E neste contexto, algo nos chamou a atenção. O senador Cássio Cunha Lima, ultimamente com alto prestigio na Oposição a Dilma, foi à tribuna defender um plano de contingencia para a possibilidade de um colapso no Nordeste.

A alta importância do discurso do senador se esbarrou numa contradição tremenda quando, no dia anterior, em sessão especial do Congresso Nacional, o seu partido, o PSDB, impediu ao lado do PPS que o Governo tivesse o aporte emergencial de R$ 1.2 Bilhão para socorrer os Estados nordestinos.

Ora, na prática, o senador preocupado com a situação real de estiagem e como Lider do PSDB no Senado deveria, sim, ter usado de seu espírito de solidariedade aos nordestinos afetados com a Seca e consolidado no partido o aporte indispensável.

EFEITO NA PARAÍBA

Com a decisão do PSDB de vetar o aporte de R$ 1,2 Bilhão, eis que a Paraiba ficou desprovida de R$ 300 milhões que seriam disponibilizados imediatamente para socorrer os municípios com obras e serviços emergenciais.

Trocando em miúdos, o discurso do senador se depara com a realidade contraditória em que seu partido tira do seu Estado a possibilidade de solução para parte do problema agravado com a Seca.

ENQUANTO ISSO…

Sem discurso, o governador Ricardo Coutinho foi ao Planejamento e ao Ministério da Integraçao Nacional exigir urgência para o problema da estiagem imediatamente.

Ele chegou a ser duro quando soube que ações para o Estado não tinha se dado porque o MI aguardava outros Estados, que não haviam entregue os relatórios e projetos visando aliviar os efeitos da estiagem.

Ricardo jogou duro e saiu das audiências com perspectivas de encaminhamento urgente dos seus projetos.

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“Não adianta ir à Igreja rezar e fazer tudo errado…”