Walter Santos

Multimídia e Analista Político.

Geral

Efeitos da saida de Cartaxo do PT na sucessão


17/09/2015

Foto: autor desconhecido.

{arquivo}O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, produziu nesta quinta-feira o fato mais significativo da política partidária no Estado nos últimos tempos com efeitos imensos na Capital do Estado, e fora dela, ao anunciar seu desligamento do Partido dos Trabalhadores passando a compor o PSD, na Paraiba liderado pelo deputado federal Rômulo Gouveia e no País pelo Ministro Gilberto Kassab.

Desde cedo manhã, como antecipou o Portal WSCOM, repercute em diversos pontos do Estado, e em Brasília, este fato novo de efeitos muito fortes na sucessão municipal.

O argumento exposto pelo prefeito foi de que já enfrentava problemas de relacionamento interno no PT prevendo até disputa interna com lançamento de candidatura contra ele, o que pressupunha não levar a unidade para sua reeleição, mas, o fato determinante – conforme observou, foi o desgaste do partido diante dos escândalos nacionais.

Na prática, Luciano Cartaxo saiu para tentar evitar que os sérios problemas de imagem petista não respinguem na sua candidatura à reeleição diante, conforme sua avaliação, da aprovação de sua gestão à frente da Prefeitura.

COMUNICADOS ESPECIAIS

Cartaxo reuniu a bancada de sustentação na Câmara Municipal para comunicar de sua decisão com base nos argumentos já expostos acima.

Momentos depois, ligou para Rui Falcão – presidente nacional, comunicando sua decisão e, ato continuo, fez o mesmo com Charliton Machado, que o desejou boa sorte.

EFEITOS IMEDIATOS

A decisão de Luciano mexeu com sua Base de sustentação, portanto, a partir de agora é saber quem do PT vai lhe seguir – Fuba, Bira e Benilton – da mesma forma como vão reagir os demais partidos, entre eles o PPS.

É provável que a bancada do PSD possa ser reforçada.

A MÉDIO PRAZO

Primeiro, é fundamental aguardar a decisão do PT, que já convocou reunião da Executiva estadual e municipal, visando refletir e tomar posição diante do fato novo.

É muito provável, segundo adiantou um dirigente petista, que o partido sai do Governo e da Base aliada.

CONVERSAS FUTURAS

Diante da novidade, já se especula que o prefeito passa a ter mais liberdade para manter entendimentos com o senador Cássio Cunha Lima visando uma composição não só em 2016, como para 2018.

NOS BASTIDORES DO PT

Integrantes petistas revelaram à Coluna/Blog, que Luciano Cartaxo não teria o apoio das tendências lideradas pelo deputado federal Luiz Couto, deputado estadual Frei Anastacio e lideranças como Rodrigo Soares, Anselmo Castilho, Antonio Barbosa.

Como esta decisão do prefeito, o partido tende – previram – a seguir fechado com o candidato do PSB, João Azevedo.

Neste particular, em tese, o governador Ricardo Coutinho e sua "sorte" recebe o PT de "mão beijada", como se diz lá na Torre, exceto se o PT inventar de lançar candidato próprio, como o de Rodrigo Soares.

SINTESE

Luciano decidiu pular uma fogueira de alto desgaste enfrentado pelo PT, com isso abre possibilidade de mais diálogos, mesmo assim enfrentará resistência em setores progressistas como o PC do B, o próprio universo petista, criando uma nova perspectiva política.

A dados de hoje, a aprovação de sua gestão lhe cacifa para este fato novo tentando fugir das labaredas do inferno astral petista, entretanto, resta saber como se darão os desdobramentos com ele liderando nova realidade.

Esta é a decisão mais importante de sua vida como líder, que passa agora a ser testado no tamanho e dimensão de onde quer chegar.

PROJEÇÃO

Em Brasilia, a prospecção existente é de que o PT deve perder muita gente até dezembro.

ÚLTIMA

“É pau/ é pedra/ é o fim do caminho…”
 


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