{arquivo}Os novos nomes anunciados pelo governador Ricardo Coutinho para o segundo mandato a partir de janeiro próximo têm na maioria um perfil mais técnico do que essencialmente político, em termos de militância partidária exclusiva, embora o critério não abstraia a influência politica no processo de escolha. Nesta data, contudo, um registro especial se faz necessário diante da decisão anunciada pelo cantor e compositor Chico César de que está deixando a Secult. O Portal WSCOM e esta Coluna/Blog já haviam antecipado.

À exceção do ex-senador Efraim Morais, do presidente do PSB de Campina Grande, Fábio Maia, e de Ana Cláudia, esposa do deputado federal eleito Veneziano Vital, todos os demais nomes têm mais proximidade com o caráter técnico.

Leve-se em conta, por exemplo, o novo Secretário de Educação anunciado: trata-se de um técnico do Ministério da Educação, Aléssio Trindade de Barros – Pasta essa muito cobiçada pelo PMDB, mas esse critério de dado valeu mais do que a tonalidade técnica.

De alguma forma isso surpreende porque, como Ricardo precisou muito do PT e do PMDB para se reeleger, imaginava-se nomes destas e outras agremiações mais fortemente expostas e incluídas na lista dos secretários, entretanto, não foi isso o que aconteceu.

Para ele, o perfil é de resultados, para os partidos a escolha até poderia ser assim mas envolvendo mais nomes partidários, algo que não se efetivou.

Eis os novos secretários:

– Aléssio Trindade de Barros, atual Secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC) assume a Secretaria de Educação;

– Efraim Morais, ex-senador da república assumirá a Secretaria de Estado de Governo;

– O atual diretor da Cagepa, o engenheiro Marcus Vinicius F. Neves, será o Chefe da Gigov – Gerência Institucional de Governo da CEF-PB;

– Tarcio Pessoa será o Secretário de Planejamento, Orçamento, Gestão e Finanças (nova secretaria);

– A Chefia do Gabinete do Governador será ocupada pelo professor Fábio Maia, presidente do PSB de Campina Grande;

– O jornalista Luis Torres continua na Secretaria de Comunicação, tendo Célio Alves como Secretário Executivo;

– A Secretaria de Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio-Ambiente se funde com a de Ciência e Tecnologia e será comandada por João Azevendo Lins Filho;

– O responsável pela Gestão Unificada da Emater, Emepa e Interpa será o Presidente Nivaldo Magalhães, extensionista rural do quadro da Emater;

– Cida Ramos assume a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano;

– Ana Cláudia Vital do Rego assume a Secretaria Executiva de Desenvolvimento Humano;

– Ana Paula Almeida fica com a Secretaria Executiva de Segurança Alimentar.

REPERCUSSÃO DESCONHECIDA

Por ter sido anunciada via Redes Sociais pelo próprio governador, longe da Imprensa e da classe política, ainda não se tem idéia de como surtirá de efeito as novidades conjunturais de agora.

De antemão, não é demais admitir que, quando precisava da classe política, o governador era monossilábico e pouco ouvia, imagine-se agora depois de ter derrotado Cássio Cunha Lima e companhia.

ALÉM PARAIBA

As primeiras informações de gestão e de nomes mostra que Ricardo se prepara para resultados técnicos da equipe. Ele, como não mais disputará o Governo e não tem necessidade do mesmo em relação à Prefeitura de João Pessoa, parte para construir uma fase em que os dados finais lhe credenciem para vôos fora da aldeia ainda desconhecidos em termos de rumo.

A SAIDA DE CHICO

A impressão é de que ele encheu o saco com o rame-rame da crise política, embora ele nao trate disso do anúncio feito nas Redes Sociais. Manteve sua ternura e afeto com a Paraiba, mas resolveu sair de perto da Política partidária que ajudou a consolidar em torno de Ricardo Coutinho.

César está chateado com a citação de seu nome em processo / recurso da Coligação do PSDB em que pede a cassação do mandato do governador. Ele até nem entra no lance do conflito sem fim entre partidos e lideranças, mas envolver seu nome em questões dessa natureza, que vão se arrastar por muito tempo o fez cansado das intrigas da aldeia.

R$ 7 MILHÕES É POUCO

A Secult acaba de soltar Edital público convocando a classe artistica a se habilitar para a versão 2015 do Fundo de Incentivo Cultural Augusto dos Anjos.

Pelo que está exposto, o edital serve para todas as habilidades culturais e o valor é de R$ 7 Milhões – tamanho muito aquém das necessidades do setor.

Para se ter uma idéia, no Carnaval de Recife, por exemplo, são investidos algo em torno de R$ 80 Milhões. No Folia de Rua, em João Pessoa, a Prefeitura deve investir acima dos R$ 10 milhões.

Um dia, não se sabe quando, o governador bem poderia refletir e rever esse montante, para cima – lógico!

Se quiser tem como atrair recursos externos.

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