{arquivo}Quando o resultado estiver estampado por todos os cantos, certamente que os vários lugares do Brasil serão tomados de comemoração de uns em detrimento da tristeza de outros. Faltando poucas horas para a conclusão do processo, sustentamos a tese de que a Democracia brasileira está consolidada e em termos de projeção das urnas mantemos a linhagem com o que disseram os institutos Ibope, Vox Populis e Datafolha: Dilma deve mesmo ser reeleita.

Números e projeções à parte, o que a campanha de 2014 apresentou ao País foi o mais forte enfrentamento entre setores populares e socialistas aliados de estruturas sociais maleáveis, moderadas, contra uma forte “onda” de setores da Sociedade, de classe média para cima, reproduzindo preconceitos inimagináveis no que se convencionou anti-PT.

A vitória de Dilma não é fruto apenas do Partido dos Trabalhadores posto que sem as alianças acertadas com partidos de centro e centro-direita certamente que ela não conseguiria seu intento, mesmo com uma biografia e saldo de Governo muito acima da média.

A tal Elite constituida pela Classe Média para cima não conseguiu esconder seu nojo, não com essa questão da Corrupção – que serviu de pano-de-fundo, mas com a realidade em que o Governo Dilma consolidou na priorização da redistribuição de renda atraindo miseráveis para o mundo da Cidadania permitindo que gente pobre, agora com dinheiro para sobreviver minimamente, pudesse consumir produtos e serviços anteriormente somente afeita a esse agrupamento sempre beneficiado ao longo dos tempos pelas políticas sociais.

O “ódio” ao PT traduz uma postura conservadora fomentada pela ultra-Direita revelando um perigoso sentimento de apartheid que se instalou, sobretudo nos Centros mais ricos do Brasil.

Como são dois projetos de País inteiramente confrontados, mesmo assim o saldo das urnas exigirá determinação e amplo arco do Governo a partir de 2015 para se criar um Pacto em favor do Brasil porque as urnas precisam ser respeitadas.