{arquivo}Em tese a “mistureba” presenciada na cena política como um todo, em casos surpreendentes juntando gato e rato, traduz o tal pragmatismo tão em voga nos últimos tempos, tanto que no plano Nacional o PT e Collor se aliam da mesma forma que, de acordo com o gosto do freguês e do tempo, o PSB convive com o PSDB, agora estão em grave enfrentamento e por aí vai.

Em que pese o pragmatismo chamado lá na Torre de “semvergonhice” há que se admitir em 2014 um enfrentamento tanto no campo federal ( Dilma X Aécio) quanto no estadual (Cássio X Ricardo) a existência de um enfrentamento ideológico, de forma de governo e Poder, bem como olhar político sobre a práxis política sem questionamentos.

Está claro até demais: Dilma reproduz a lógica socializante em curso na América do Sul elegendo ou reelegendo muitos presidentes, como se deu com Evo Morales agora há pouco na Bolivia, antes já registrando a eleição de Michelle Bachelet no Chile, José Mojica no Uruguai, Cristina Kirchner na Argentina e outros tantos na América do Sul – antes aliados incondicionais dos Estados Unidos mas que há tempo não seguem mais a lógica americana de dominação do Capital.

É que os indicadores sócio-econômicos mudaram muito nestes Países, até mesmo a Venezuela que, de todos, sofre a mais forte onda de instabilidade e golpismo de inspiração neo-liberal. Querem por querem comandar as jazidas de petróleo venezuelas e impedir que aquele País forneça energia para a América Centro, por isso toda a conspiração.

AÉCIO É A FORÇA DO CAPITAL

Sem nenhum demérito na escolha político – econômica feita, Aécio Neves significa o pacto de melhor convivência do Brasil com as políticas econômicas e de segurança que mais interessam aos Estados Unidos e todo o Capital internacional porque incorpora como Social Democrata a força do Capital sobre as políticas públicas.

Ao chamar Armino Fraga para ser seu comandante na Economia – logo Armino um atuante sócio de George Soros, um dos Capitalistas mais interessados em mudar o rumo do Brasil – está mais do que definido um Projeto de Governo para o País pelo viés de prevalência dos interesses econômicos sobre as prioridades sociais.

NO CASO DA PARAIBA…

Embora existam valores que perpassam por esta lógica e cenário ideológico, posto que Cássio acabou sendo induzido/chamado a ser candidato ao Governo, mesmo assim não podemos ignorar que, de repente, a disputa de projetos nacionais acabou se aliando ao enfrentamento de projetos estaduais, a exemplo da Paraiba.

Cássio tem tudo e muito mais a ver com Aécio,da mesma forma que Ricardo com Dilma. Talvez em face desta conjuntura, os adesivos nos carros Cássio-Aécio tenha crescido em João Pessoa, onde antes esse vinculo inexistia.

Este é um quadro que pode influenciar relativamente ou muito na disputa do dia 26.

Mas que tem diferença de historias e interesses disso ninguém tenha duvidas.

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“Em terra de cego/ quem tem um olho é rei…”