A síntese, em tese, é de que o primeiro debate entre os candidatos ao Senado na Paraíba serviu como esquente para outros embates decisivos daqui em diante com os três principais candidatos alternando altos e baixos no decorrer do evento.

Há um nível qualificado, sem dúvidas, mas a impressão reinante é de vingou na essência do debate algo do tipo a busca de oportunidade de novos, a partir de Lucélio Cartaxo diante da experiência renovada de José Maranhão e Wilson Santiago.

Os três acabaram sendo porta-vozes de alianças existentes com cada um dos candidatos ao Governo atraindo empatia e antipatia ou seja lá o que for diante da influencia que os majoritários na cabeça-de-chapa têm no processo de disputa.

O DEBATE I

Numa análise fria, Maranhão começou bem na sua apresentação, como os demais candidatos, entretanto, de uma certa fase do debate em diante ele enfrentou dificuldades, sobretudo quando seu concorrente, Wilson Santiago, indagou quais projetos quando senador ele apresentou e foi aprovado.

O candidato do PMDB quis exibir um folheto com suas atividades, mas não soube responder objetivamente, nominalmente quais foram os projetos.

Daí em diante chegou a titubear na precisão de respostas com tempo curto determinado pela organização. Chegou até a trocar Lucélio por Luciano quando lembrando que, como senador, destinou R$ 46 milhões (2/3 para construir a Estação Ciência.

Sua história, contudo, não dá para negar, agora não se sabe se, em face do desempenho nos debates em si, esta condição possa afetá-lo nos enfrentamentos à vista e afetá-lo eleitoralmente.

Precisa melhorar esses quesitos se quiser manter-se na liderança.

O DEBATE II

Lucélio Cartaxo apostou suas fichas na renovação e numa proposta de ação senatorial interativa sempre ouvindo a população como influenciadora de seu mandato.

Dentro do que foi possível pegou carona em obras em execução pela Prefeitura, como também na do estado, a exemplo do Hospital em Santa Rita, enfim, se mostrou animado para oferecer uma opção ao Senado fora das velhas raposas.

Ficou sem jeito quando o candidato do PSOL indagou sobre a  renovação diante da relação de passado e presente com o governador, da mesma forma que, pelo mesmo candidato esquerdista, foi perguntado sobre se aprovava a forma de tratamento do governador à UEPB, mesmo ele se posicionando a favor de recursos e lutas em favor da educação.

Pelo que observamos no Twitter, sua militância esteve muito presente diante de sua performance de estréia ascendente.

O DEBATE III

Wilson Santiago começou meio desencontrado mas logo se achou na exposição de um candidato que sabe o que quer e tem conhecimento de causa até porque soube pontuar quando indagado sobre a atuação parlamentar diante de questões muito fortes como juros de cartões, recursos para obras, etc.

Mostrou seguro, mesmo quando perguntado se aprovaria a liberação da maconha com ele se posicionando contrário, exceto em casos medicinais.

Com o desempenho dos candidatos tendo Wilson sempre buscando ímã em Cássio, ficou evidente que embora haja tendência e favoritismo ainda há tempo para se buscar saber mais dos candidatos porque, se algum deles titubear, pode haver mudança de rumo na reta final.

O DEBATE IV

Walter Brito cumpriu bem seu papel. Soube indagar, contestar e expor seus pontos-de-vista, assim como Nelson Júnior e Professora Leila tiveram desempenho relativamente bem posicionado.

MAIS UMA VEZ

A Alex o que é de Alex. A atuação do âncora do debate esteve perfeita e à altura de uma multimídia que se especializou em coordenar debates.

Aplausos para quem merece – a ele e sua equipe.

UMAS & OUTRAS

…O marqueteiro assessor de Lucélio Cartaxo foi Anderson Pires.

…O de Wilson Santiago lá estava Jurandir Miranda.

…E de José Maranhão, Rui Dantas.

ÚLTIMA

“O olho que existe/ é o que vê…”