Política

Cabedelo: Geusa se defende da acusação de Victor Hugo e diz “procure os seus direitos”

Em entrevista a um programa de rádio, Correio Debate na 98 FM, a vereadora explica que cobra dos vereadores da sua bancada a aprovação ou a não dos projetos.


29/11/2018

Por Vivi Carvalho / Portal WSCOM

A presidente da Câmara Municipal de Cabedelo, Geusa Ribeiro (PRP), se defendeu das acuações proferidas pelo Prefeito interino de Cabedelo, Victor Hugo (PRB), na manhã desta quinta-feira (29), que denunciou um “golpe” que teria sido aplicado pela presidente da Câmara, para tomar o poder no município a partir de 1º de janeiro de 2019.

Em entrevista a um programa de rádio, Correio Debate na 98 FM, a vereadora explica que cobra dos vereadores da sua bancada a aprovação ou a não dos projetos. O projeto em questão é de autoria do vereador Eudes, que segundo a presidente da casa diz que no outro dia os vereadores voltam atrás na decisão.

“Com tranquilidade que digo que isso é um manobra que o atual vereador, que hoje é interino prefeito de Cabedelo, Victor Hugo está dando uma pressão na sua base para voltar atras em um simples projeto que foi assinado por todos, foi divulgado, eles viram a resolução, inclusive teve votos contra, o vereador Pereira interviu e os outros viram e votaram. Eu não posso agora dizer a forma que ele votaram positivamente, e depois no outro dia por uma pressão. E eles do nada chegam dizendo que vai quebrar a Câmara e colocar fogo, criaram uma situação que os funcionários saíram atordoados, em choque, isso não precisava, na mesma sessão teve vários projetos de interesse do prefeito Victor Hugo”, comenta Geusa.

A presidente da Câmara ainda fala que não tem culpa se os vereadores votam e aprovam projetos sem ao menos ler, tenham que ter um certo cuidado no trabalho, pois ela analisa e ler antes de tudo, inclusive já devolveu projeto do prefeito por não estar completo.

” Teve projeto que Victor quis colocar na terça-feira eu voltei pedindo que ele complementasse, eu leio os projetos, analiso e avalio. Agora infelizmente tem vereadores que não leem, mas aqui foi lido e dado para todos ler, a leitura urgente, urgentíssima, todos os critérios dentro da lei orgânica. Eu não posso agora voltar no que foi feito, eles querem voltar atrás, criando essa situação, por uma forma do prefeito interino se sente desprestigiado, agora ele vai finalmente para uma eleição. Não sou candidata e não tenho interesse. Os vereadores acataram o projeto do Vereador José Eudes, a mesa que inclusive o próprio Victor Hugo defendia, continuam a mesma. Qual o problema de uma Câmara decidir? Nós temos o poder, os vereadores tinham o poder de dizer um não, agora vem com essa situação desagradável, inclusive quem estava a frente é o Vereador Evilásio, que vai perder o benefício, vai deixar de ser vereador, por isso, fala enlouquecido”, complementa Geusa.

O prefeito Interino de Cabedelo, Victor Hugo também estava em um ligação no programa de rádio e questionou a presidente dizendo que os vereadores assinaram e que o projeto foi escrito no dia seguinte e que a sua bancada tem a autonomia de não aprovar os projetos.

“É só ela apresentar a lei que fez na quarta-feira depois que foi aprovado. Vamos desmascarar ela agora, é só perguntar os nove vereadores da bancada que assinaram se eles leram se tinha projeto realmente que estavam votando, eu não tenho que dar pressão em vereador nenhum não, eles simplesmente podem dizer não aprovamos isso, que não tinha projeto pronto na casa, esse projeto foi feito no dia seguinte, quem vão dizer isso são os próprio vereadores, é só perguntar os da base”, relata Victor.

Ao ser questionada se a presidente da Câmara não teme ação na justiça que possa desfazer o que foi feito hoje, “Eu acho o seguinte, cada um vá atrás dos seus direitos, se ele acha que por ele está na cadeira, que ele é o prefeito e tem que continuar, ele vá e busque seus direitos, como também os demais, porque eu acho até uma desmoralização os vereadores assinarem os requerimentos, os projetos, aprovarem, inclusive votarem e dizer no outro dia vir com essa conversa, é lamentável. Não tenho interesse nem de ir para a disputa, porque o que eu quero é respeito ao povo de Cabedelo e ao dinheiro publico, quem venha, venha com igualdade, não estar o poder e querer se manter no poder. A Câmara não é mais como era nos tempos antigos, agora é executivo mandando no legislativo, aqui temos que ter independência, isso jamais temos que aceitar, são essas minhas colocações” 

Por fim Geusa comenta sobre a acusação de que teria desligado as câmeras no dia da apresentação do projeto,”De forma alguma, vá no Facebook agora e veja, Vcitor diz tanta coisa, ele é desmentido pelos deputados federais que diz que tem apoio. Já eu não sou desmentida por ninguém. Agora ele, sim é carioca e é desmentido por vários”, conclui.


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