Política

Blog de WS avalia debate da OAB/PB na Master e aponta omissões diante do processo histórico

A ausência de temas fortes no embate direto foi um pontos destacados pelo jornalista


27/11/2018

Na imagem, candidatos a presidência da OAB/PB



O Blog do jornalista e analista político, Walter Santos, traz nesta terça-feira (27), uma analise rica e completa a respeito do último debate entre os candidatos a presidência da OAB seccional Paraíba ocorrido na noite desta segunda-feira (26) na TV Master. 

Segundo WS, o debate vai muito aquém daquilo o que foi dito, precisando ainda ser revelada várias outras respostas aos advogados da ordem e a população paraibana. A ausência de temas fortes e omissões no embate direto foi um pontos destacados pelo jornalista.

Confira na integra a analise:

A OAB e os novos desafios do Brasil, da Paraíba e do mundo: a omissão e retórica da moral relativa encobrindo problemas éticos e políticos

O debate entre os candidatos a presidente da OAB Paraíba, Paulo Maia, Sheyner Asfora e Carlos Fábio na TV Master nesta segunda-feira (26), em João Pessoa, mostrou a força da categoria importante diante de enfrentamentos relativos e a ausência completa dos temas mais fortes da própria conjuntura fora da campanha para que pudéssemos mensurar a visão e a postura dos candidatos frente a tudo.

Diante de aspectos tão relevantes, não podemos ignorar a “nova ordem” política movida sob valores da moral conservadora que derrotou um candidato por conta do “Kit Gay” inexistente e o compromisso de combater os avanços sociais sob o relativo silêncio da OAB, onde tudo isso se esbarra na fase de empoderamento da mulher e das conquistas das minorias.

E agora, o que fará o futuro presidente?  O que pensam os candidatos sobre isso?

Sabemos que o foco é a gestão em si da Ordem, mas é inverossímil ignorar nos debates tantos sérios problemas existentes e se projetando à vista afetando sobretudo o Estado Democrático de Direito – nosso pilar basilar da vida humana. Vislumbra-se uma “nova Ordem” moral mexendo em dogmas básicos do Direito.

AUSÊNCIA DE TEMAS FORTES

A OAB debateu seu futuro ignorando por completo a força incomunal da Inteligência Artificial tomando espaços dos advogados (IBM – Watson), a ausência permanente do debate de Fakes News e as regras para impedir deformações sociais, do futuro do Governo Bolsonaro, os efeitos da reeleição de João Azevedo, a eleição do futuro presidente do TJ, desembargador Márcio Murilo, etc.

Isto, sem contar, a grave acusação ética/moral em torno do diretor da OAB, Assis Almeida, de ter assediado a ex-funcionária Lanusa do Monte Ribeiro Nazianzeno e a ter demitido mesmo com 20 anos de casa.

DEBATES E DEBATES

Precisamos admitir que o debate desta segunda teve nível médio para cima, mas os candidatos não souberam contextualizar a roda maior a afetar a OAB da Paraíba  no seu tamanho real diante de tudo, sobretudo as ameaças ao Estado Democrático de Direito.

E a OAB, faz ou não parte da nova leva? Como vai enfrentar os retrocessos? Se alinhar?

ATÉ NAS FAMÍLIAS RICAS…

Em tempo, lembremos um fato real numa ambiência aparente distante.

Na reeleição de Bill Clinton, na maior potência do mundo, por exemplo, a pergunta mais instigante diante de Hillary Clinton foi sob a acusação dele ter assediado a estagiária da Casa Branca, Mônica Lewinski.

PAULO E A OPOSIÇÃO

Sheyner e Carlos Fábio reverberam que  o grave de Paulo Maia foi se desfazer do compromisso da não reeleição.  Bobagem, em tese, pelo que está por traz: o “maquiavélico” competente Assis Almeida, mentor de Maia.

O debate de Paulo com a oposição neste aspecto lhe afeta,  menos outras realidades ao redor.

A NOVA ORDEM E A HISTÓRIA

A OAB paraibana, de protagonismo relevante no Brasil e na Paraíba, defendendo o Estado Democrático de Direito, se omitiu ou se compôs com a nova ordem de ultra direita em curso. Pouco ou nada fez, como lembro da fase  do histórico Arlindo Delgado.

Estivemos eu, enquanto presidente da API, e Dr. Arlindo, então na presidência da OAB, reproduzindo o debate e a importância de nossas entidades no conjunto da sociedade paraibana e brasileira durante o Impeachment de Collor.  Não nos omitimos e trouxemos a questão para a sociedade.

OMISSÃO OU CUMPLICIDADE?

Paulo Maia por seu perfil e história esteve longe desta vanguarda da cidadania ao longo dos quase três anos. Preferiu pautas burocráticas para atender interesses corporativos e políticos em especial no Interior.

O fato é que nos tempos de cobranças morais excessivas, o presidente enfrenta a decisão de demitir a funcionária de OAB favorecendo seu mentor e fazendo juízo de valor que a Justiça pode reparar, segundo vídeos e a defesa de … (

Um presidente da OAB e professor de Direito reconhecido, ao ignorar e punir a parte mais fraca age incorretamente e com cumplicidade com possível erro.

Em qualquer tempo do Mundo, a história exige Justiça para todos. O contrário é o que os americanos chamam de Lawfare – o uso da justiça para punir adversários.

O PAPEL DA MULHER ADVOGADA

Além de tudo tem o novo papel da mulher advogada nesta fase de contradições e de relevância na missão exercida pelas advogadas.

A OAB/PB pela primeira vez se depara com tratamento adequado e justo ao nível da importância da mulher a inserindo protagonista e não mais coadjuvante como das vezes anteriores.

Carlos Fábio com 50% das mulheres na chapa e Sheyner Asfora com sua vice, secretária e tesoureira dão exemplo neste sentido, como processo histórico.


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