Política

Em primeiro guia eleitoral, Haddad rebate “kit gay” e mira voto de evangélicos


12/10/2018

Aguardada com grande expectativa pelo eleitorado, a campanha de rádio e TV se inicia hoje com Haddad falando diretamente aos segmentos que precisa conquistar para encostar em Jair Bolsonaro, que lidera as pesquisas.

Neste primeiro programa, Haddad fez acenos ao eleitorado evangélico e irá desmentir todos os boatos que foram propagados via fake news sobre aquilo que seu adversário chama de ‘kit gay’. Haddad reafirmará valores sobre a família, destacando seu casamento de 30 anos com a professora da USP Ana Estela Haddad.

O programa de rádio e TV de Haddad é uma das ‘armas’ da campanha petista para virar o jogo eleitoral neste segundo turno. Tradicionalmente, o mais politizado e técnico dos programas, a qualidade das inserções que fizeram os quatro último vitoriosos nas eleições presidenciais é aguardada com real ansiedade por parte da militância e da própria imprensa.

A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo explica a movimentação de Haddad em busca do eleitorado evangélico: “o candidato do PT à Presidência nas eleições 2018, Fernando Haddad fará acenos ao eleitorado evangélico e seus líderes no programa de TV no segundo turno.

Segundo o governador reeleito da Bahia Rui Costa (PT), que está auxiliando na campanha do ex-prefeito de São Paulo ao Planalto, Haddad aproveitará o programa, logo no início das exibições na televisão, para desmentir boatos como a de que ele implantará o chamado ‘kit gay’ (cartilha sobre orientação de gênero) para crianças nas escolas”.

E reforça a colaboração de Rui Costa como consultor informal de Haddad neste segundo turno: “ainda segundo Costa, o candidato petista usará o espaço na TV aberta para reafirmar valores sobre a família, frisando que é casado com a mesma mulher há 30 anos, discurso que já tem sido feito por Haddad em atos públicos e nas redes sociais. Costa passou os últimos dias ligando para lideranças religiosas nacionais, principalmente das igrejas Batista e Assembleia de Deus.

Ele também recebeu no Palácio de Ondina, residência oficial dos governadores baianos, lideranças evangélicas locais, como o Pastor Sargento Isidório (Avante)”.

Sobre Costa, a matéria ainda destaca: “o governador petista aposta na pulverização das lideranças dessas igrejas como forma de convencê-las a apoiar Haddad no segundo turno da eleição presidencial. Ele disse que, diferente da Igreja Universal do Reino de Deus, que tem o poder centralizado no bispo Edir Macedo, as outras igrejas têm o comando difuso.

Nas ligações que fez, Costa mirou seus esforços em desmentir fakes news e acalmar os ânimos dos religiosos, tranquilizando aqueles que temem um governo petista”.

Brasil 247


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