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Escola campeã de SP será conhecida hoje; apuração começa às 16h

A PARTIR DAS 16H


13/02/2018

A escola de samba campeã do carnaval de São Paulo será conhecida na tarde desta terça-feira (12) na apuração das notas do desfile do Grupo Especial no Sambódromo do Anhembi. O G1 vai transmitir toda a apuração e a festa da campeã ao vivo a partir das 16h.

Ficou definido por sorteio que o quesito mestre-sala e porta-bandeira será o primeiro critério de desempate na apuração. As notas serão lidas nessa ordem:

Evolução
Bateria
Enredo
Samba-enredo
Fantasia
Comissão de frente
Alegoria
Harmonia

Mestre-sala e porta-bandeira

A ordem para o critério de desempate vale do último quesito para o penúltimo, e assim por diante. Assim, se duas ou mais escolas terminarem empatadas em primeiro lugar no número de pontos, será campeã aquela que tiver a melhor nota no quesito mestre-sala e porta bandeira. Se permanecer o empate, vale o quesito anterior (harmonia), e assim sucessivamente.

A escola de samba Independente Tricolor perdeu 1,2 ponto por causa de um problema que teve com um dos carros alegóricos, que precisou ser puxado por uma empilhadeira durante o desfile. A Acadêmicos do Tucuruvi não será avaliada depois de ter sido vítima de um incêndio em janeiro.

As duas últimas colocadas serão rebaixadas para o Grupo de Acesso.

Ao todo 14 escolas participaram do desfile do Grupo Especial. Relembre como foi:

Independente Tricolor

A Independente Tricolor fez sua estreia no Grupo Especial de São Paulo e abriu o carnaval contando a história dos filmes de terror. O carro abre-alas da escola, que fez uma homenagem ao cineasta Zé do Caixão, teve o eixo quebrado e precisou ser rebocado durante todo o desfile, o que fará a Independente perder 1,2 ponto, segundo a Liga.

A ex-dançarina do É o Tchan Sheila Mello, que pela primeira vez foi madrinha de bateria, passou um sufoco e precisou de ajuda para remendar a costura de sua fantasia, que estourou no início do desfile.

Unidos do Peruche

A Unidos do Peruche levou ao Anhembi um enredo em homenagem aos 80 anos do cantor e compositor Martinho da Vila, que faz aniversário no dia 12 de fevereiro, segunda-feira de carnaval.

Com trajetória na Unidos da Tijuca, o carnavalesco Mauro Quintaes preparou um desfile cheio de referências musicais, do Brasil à África, na tentativa de levar o título.

Martinho da Vila surgiu no topo do último carro da Peruche, com a velha guarda da escola; à frente da alegoria, uma ala só com parentes do músico, entre eles a filha Mart'nália.

Acadêmicos do Tucuruvi

Depois de ter perdido 90% de suas fantasias em um incêndio no dia 4 de janeiro, é possível dizer que a Acadêmicos do Tucuruvi renasceu das cinzas. Quem comandou a recuperação do desfile em tempo recorde foi o carnavalesco Flávio Campello, campeão em 2017 pela Acadêmicos do Tatuapé.

Com o tema “Uma Noite no Museu”, a escola fez uma viagem pelos museus do mundo, terminando com uma homenagem aos museus brasileiros, como o do Futebol. O desfile da Acadêmicos do Tucuruvi, contudo, foi simbólico: a escola não será julgada, nem poderá ser rebaixada, por conta do incêndio.

Mancha Verde

A Mancha Verde usou as músicas do Fundo de Quintal e os 40 anos do grupo para falar da relação entre samba e amizade.

O carro abre-alas fez referência ao bloco Cacique de Ramos, que deu origem ao Fundo de Quintal, e a rainha Viviane Araújo, há 12 anos à frente da bateria, estava vestida de índia. As baianas se inspiraram na cantora Beth Carvalho, uma das madrinhas e parceiras do grupo, e os integrantes do Fundo de Quintal estavam no último carro, que levou o nome de “O show tem que continuar”.

Acadêmicos do Tatuapé

Acadêmicos do Tatuapé entrou na avenida em busca do bicampeonato com um enredo sobre o estado do Maranhão. A escola da Zona Leste, que conquistou em 2017 seu primeiro título no Grupo Especial de São Paulo, apostou em um desfile tradicional, que aconteceu sem imprevistos.

Um dos destaques foi a bateria, que interagiu com os integrantes fazendo "apagões": os instrumentos davam trégua, e a escola podia cantar o samba.

Rosas de Ouro

A Rosas de Ouro provou que o samba e o sertanejo podem se misturar para narrar a vida dos caminhoneiros no Brasil. A atriz Ellen Rocche completou seu 11º ano como rainha da bateria da Rosas de Ouro.

O carro abre-alas era uma homenagem a São Cristóvão, padroeiro dos motoristas, e entrou puxado por dois grandes caminhões dourados. Já a dupla Maiara e Maraisa esteve no último carro do desfile, que representava o retorno dos caminhoneiros para casa.

Tom Maior

A Tom Maior contou a história de duas Leopoldinas: a Imperatriz (1797-1826) e a escola de samba carioca Imperatriz Leopoldinense.

O desfile destacou momentos históricos do Brasil, como a declaração da independência. No carro abre-alas, a escola representou o momento em que a Imperatriz Leopoldina deixou a Europa em direção ao Brasil.

Um dos destaques foi o segundo carro, que trazia uma arara gigante, além de uma onça, tucanos e borboletas. A ideia foi mostrar a paixão de Leopoldina pela fauna e flora brasileiras.

X-9 Paulistana

De volta ao Grupo Especial de São Paulo, a X-9 Paulistana abriu os desfiles de sábado (10). A escola foi a primeira a dar um tom político ao desfile, com o carro "A Casa da Mãe Joana", no qual os integrantes estavam vestidos de juízes e de políticos com malas de dinheiro e notas na cueca. Alguns deles tinha o terno sujo de lama e vestiam faixa presidencial.

Com Juju Salimeni como rainha da bateria, a X-9 ousou nas roupas minúsculas das beldades que representaram a escola. A madrinha Tarine Lopes precisou desfilar segurando o tapa-sexo, que se soltou do corpo.

Império de Casa Verde

A Império de Casa Verde juntou samba e Revolução Francesa para fazer uma crítica sobre o que chamou de "caos do Brasil". Segunda a desfilar no último dia do Grupo Especial de São Paulo, a escola da Zona Norte fez um paralelo entre o Brasil de hoje e a França do século XVIII.

A comissão de frente mostrou um plebeu perdendo a cabeça na guilhotina. O carro abre-alas representou o luxo da corte francesa, com cavalos brancos gigantes puxando uma carruagem. Já o último carro, "Tigre guerreiro: A nobreza do povo", retratou uma festa de plebeus para mostrar a vitória do povo contra a corrupção e as injustiças sociais.

Mocidade Alegre

A Mocidade Alegre homenageou a cantora Alcione em seu desfile, com o enredo “A voz marrom que não deixa o samba morrer". E teve Alcione do início ao fim: a cantora deu a introdução para o grito de guerra no começo do desfile e, depois, foi correndo para subir no carro em que foi destaque, o último.

O desfile lembrou a trajetória da artista com foco no repertório a partir dos anos 1970. Em 2018, a cantora completa 70 anos de idade e 45 de carreira.

O samba e as fantasias citaram músicas conhecidas na voz da Marrom: "Juízo final", "O que eu faço amanhã", "À flor da pele", "Delírios de amor" e, principalmente, "Não deixe o samba morrer", que foi a base do refrão.

Vai-Vai

A Vai-Vai envolveu o público do Anhembi com um belo desfile em homenagem ao cantor Gilberto Gil, e o samba-enredo criado com versos do cantor ficou poderoso e pegou. A bateria inovou e fez passagens com o timbau, que os mestres Tadeu e Beto incluíram em referência aos Filhos de Gandhi, afoxé que desfila com Gil no carnaval da Bahia.

Os Filhos de Gandhi também foram tema do último carro, que trouxe Gil com a mulher, Flora, e o filho Bem.

A Vai-Vai, que já foi campeã do carnaval paulistano 15 vezes, sendo a agremiação com mais troféus, terminou seu desfile como uma das favoritas ao título do Grupo Especial. O último troféu da escola foi em 2015, com um enredo sobre a cantora Elis Regina.

Gaviões da Fiel

A Gaviões da Fiel contou a história de Guarulhos, cidade com a segunda maior população do Estado de São Paulo. Sidnei França, carnavalesco estreante na Gaviões, apresentou uma fábula protagonizada pelos índios Guarus, habitantes da região. Várias alas e fantasias apostaram em tons de dourado e prateado, para retratar a busca por riquezas no local e uma "maldição" com a chegada de pessoas gananciosas, os brancos.

Sabrina Sato, madrinha de bateria, veio com uma fantasia formada por uma espinha de peixe e duas estrelas do mar nos seios. Durante o desfile, a torcida da escola acendeu sinalizadores e muita fumaça cobriu o sambódromo.

Dragões da Real

A Dragões da Real levou a música caipira ao carnaval de São Paulo. Sérgio Reis participou da comissão de frente, interpretando um fazendeiro em meio a camponeses, e Roberta Miranda foi destaque em um carro que mostrava a música sertaneja moderna se tornando "chique".

Assim como outros enredos da noite tiveram tema musical, as referências a canções sertanejas conhecidas ajudaram a ganhar o público: "Romaria", "Estrada da vida", "Ainda ontem chorei de saudade", "Evidências", "Fio de cabelo", "Galopeira", "Rancho Fundo", "É o amor".

Unidos de Vila Maria

A Unidos de Vila Maria fechou o carnaval de São Paulo cantando o México e os personagens de "Chaves" e "Chapolin", criados por Roberto Bolaños (1929-2014). Os 280 membros da bateria estavam vestidos de Chaves, e outra ala lembrou Dona Florinda, Quico, Seu Madruga, professor Girafales e Dona Clotilde.

Além dos seriados mexicanos, ícones como a pintora Frida Kahlo (lembrada pelas baianas) e os mariachis tiveram destaque. A escola da Zona Norte começou seu desfile mostrando o México como "berço das civilizações maia e asteca"; depois, festividades típicas do país apareceram nas alegorias, como a Procissão da Virgem Guadalupe, a Festa da Independência e o Dia dos Mortos.

Após sua saia cair, a primeira porta-bandeira, Laís, sambou com uma bermuda preta e, depois, com um pano amarrado à cintura.


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