Paraíba
MPF e MPPB não descartam ações judicias contra uso irresponsável de Boqueirão
FIM DO RACIONAMENTO
16/08/2017
O procurador geral de Justiça da Paraíba, Bertrand Asfora, revelou, nesta quarta-feira (16), que o Ministério Público Estadual (MMPB) e o Ministério Público Federal (MPF), irá adotar todas as ações judiciais possíveis para assegurar o uso responsável das águas do açude de Boqueirão para consumo humano e animal na região de Campina Grande.
A polêmica em torna do uso das águas do açude, oriundas da Transposição do Rio São Francisco, começou na última segunda-feira (07), quando o governo do Estado anunciou o fim do racionamento em Campina Grande e 19 cidades da região para o próximo dia 26.
Após o anúncio, a oposição acusou o governo de fazer uso politico da ação, uma vez que o manancial ainda não está com o volume de água suficiente para abatscer Campina e região.
Na manhã de hoje, Bertrand Asfora, o representante do MPF, Rodolfo Alves, representantes da Aesa (Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba), da Ana (Agência Nacional de Águas) e promotores Herbet Targino e Francisco Sagres, O Comitê de Gestão de Recursos Hídricos (CGRH) do MPPB se reuniram em Campina Grande para discutir a questão.
Na oportunidade, foi discutida uma portaria do Ministério da Integração, que diz que para ter segurança hídrica o reservatório de Boqueirão deve ter 97 milhões de metros cúbicos de água. Hoje, o reservatório tem cerca de 32 milhões de metros cúbicos.
Segundo Bertrand, apesar da determinação do Ministério da Integração Nacional, a AESA e Ana liberram o uso da água para irrigações na região.
"Se o Ministério da Integração se documeta dizendo que o abastecimento está em risco, como a Aesa e a Ana liberam àgua para irrigação", indagou.
"Vejo isso como crime. O MPF e MPPB irão adotar todas as medidas judiciais para assegurar a segurança Hídrica da população", acrescentou.
Na reunião de hoje, ficou definido que na próxima terça-feira (22), acontecerá um novo encontro, com todos os órgãos envolvidos para discutir a questão.
Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.