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Primeira-ministra consegue maioria no Parlamento britânico

ALIANÇA BRITÂNICA


26/06/2017



A premiê britânica, Theresa May, fechou acordo nesta segunda-feira (26) com o Partido Unionista da Irlanda do Norte (DUP). Após o fracasso do Partido Conservador nas eleições legislativas, ela precisava da aliança com o polêmico partido para conseguir a maioria necessária para governar.

Em troca do apoio, a líder do DUP, Arlene Foster, afirmou que o Reino Unido concordou em dar uma ajuda financeira de 1,2 bilhões de euros (R$ 4,49 bilhões) para a Irlanda do Norte nos próximos dois anos, segundo a Reuters.

"Saudamos este apoio financeiro de um bilhão de libras nos próximos dois anos", anunciou Foster, em Downing Street (residência oficial da premiê britânica).
A aliança atrai muitas críticas, especialmente em razão do conservadorismo social da formação norte-irlandesa, ferozmente oposta ao casamento gay e ao aborto.

A dependência DUP também levanta questões, por exemplo, sobre a neutralidade do governo britânico na região da Irlanda do Norte, sujeita a fortes tensões.
Com o anúncio, Foster conquista o poder de afundar ou manter viva May e seu governo, de acordo com a France Presse. Porém, não consegue formar o governo em sua província, rejeitada pelo Sinn Fein católico por sua suposta relação com um escândalo de corrupção.

O dia 29 de junho é a data limite determinada pelo governo britânico para que o DUP e o Sinn Fein formem um governo de coalizão ou poderia suspender a administração norte-irlandesa e administrar a província diretamente a partir de Londres.

Alívio para May
Theresa May tem a garantia de superar a moção de confiança que deve enfrentar esta semana, quando a Câmara dos Comuns votará sobre o discurso da rainha Elizabeth II, que divulgou o programa legislativo dos próximos dois anos.

Além disso, a premiê ganha um pouco mais de tranquilidade no início das negociações de divórcio com a União Europeia (UE), que começaram há poucos dias e devem durar dois anos.

Apesar do DUP ter apoiado o Brexit no referendo de 2016, o partido deseja que a fronteira com a Irlanda – a única terrestre entre o Reino Unido e a UE – permaneça aberta para não prejudicar a economia local.


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