Economia & Negócios

Desemprego atinge 14 milhões, diz IBGE

PESQUISA


31/05/2017



A primeira vez desde novembro de 2014, a taxa de desocupação, que mede o desemprego no país, registrou queda. É o que apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (31) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No trimestre de fevereiro a abril deste ano, a taxa de desocupação ficou em 13,6%, abrangendo um contingente de 14 milhões de pessoas. A taxa é menor que no trimestre entre janeiro e março, quando ficou em 13,7%, correspondendo a 14,2 milhões de desempregados.

O IBGE divulga mensalmente a taxa de desemprego. O índice considera uma média móvel trimestral. Desde o trimestre terminado em novembro de 2014, quando houve queda na comparação com o trimestre terminado em outubro daquele ano, a taxa apresentou crescimento constante.

Índice ainda é elevado

Nas duas bases de comparação apresentadas pelo IBGE, no entanto, a taxa de desocupação apresentou alta. Em relação ao trimestre terminado em janeiro, o aumento foi de 1 ponto percentual. Já quando comparada com o trimestre encerrado em abril do ano passado, quando a taxa ficou em 11,2%, houve um aumento de 2,4 pontos percentuais no índice. Além disso, a taxa de 13,6% é a maior para trimestres terminados em abril desde 2012, quando foi de 7,8%.

O aumento do contingente de desempregados, no entanto, tem sido menor. Se comparado com o mesmo trimestre do ano passado, o aumento no número de desempregados foi de 8,7%. Naquele trimestre, o aumento havia sido de 18,6% em relação ao mesmo período de 2015.

“Se observa uma desaceleração tanto do crescimento da desocupação quando da queda da população ocupada. Isso pode ser um sinal de que estamos diante de um processo de recuperação”, considerou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

O pesquisador enfatizou que é preciso ter cautela para apontar melhoria no mercado de trabalho. Isso porque, apesar da desaceleração do crescimento, em abril o país tinha 1,1 milhão de pessoas desempregadas a mais que em janeiro e 2,6 milhões a mais que o registrado em abril do ano passado.



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