Paraíba
Bairro da Torre tem a primeira e mais antiga Quadrilha Junina, diz folclorista
CULTURA DE JP
25/03/2017
Embora a Paraíba, em particular João Pessoa, tenha muitas Quadrilhas juninas de excelente nível, o Folclorista Pedro Cândido, sucessor de Tenente Lucena, explica que a primeira delas foi produzida no bairro da Torre ainda hoje com o melhor puxador, Bomba Roca.
O Folclorista fez uma análise sobre a realidade das Quadrilhas Juninas. Eis o relato:
"Quando se constrói um prédio bem bonito, sofisticado e tudo mais, ninguém lembra se que quem segura aquele prédio é uma base, embaixo da terra que ninguém vê. E a sapata, alicerces, forte e firme, que não pode estar errada, por medidas e cálculos", analisa ele.
E diz mais: Quem vê este casal pode não sabe ou não querer saber que ele, não foram, são a base de hoje das nossas quadrilhas juninas. Dona Bernadete e Bomba Roca, da quadrilha junina PINDURA SAIA, do bairro da Torre. Ela esposa do saudoso Lourival e ele o maior e melhor marcador de quadrilha junina".
NOS TEMPOS DO IBIS DA TORRE
Por Walter Santos
Durante uma fase de minha infância, morei na Avenida Adolfo Cirne – nos anos 70 transformada em Avenida Beira Rio, embora seja Ministro José Américo de Almeida.
Era moleque jogando pelada na esquina com a Miguel Santa Cruz, onde morava Odon – o mais elegante meio-campo que o Botafogo já teve. Ele não andava, plainava.
Nesse campo improvisado, que irritava seu Waldemar, dono da Mercearia, porque os "tubos" – chutes de Bran estremeciam as paredes, eu, mano Duda, meu amigo Waldemir (querido Neguinho), Chinha, João , etc , quando chegava São João a g ente se misturava no público é porque só dava a "Pindura Saia", na rua Feliciano Dourado, com Lourival, Bomba Roca, João da Feira comandando de forma espetacular.
Hoje as Quadrilhas tomaram outro vulto e viraram espetáculo para Turista, diferente da roupa matuta, as moças e rapazes ralando o bucho numa alegria só, todos sob o comando de Bomba Roca, o taxista que se transformava no melhor puxador de Quadrilha que já vi.
E este mundo de saudades que ainda hoje me faz lembrar de Severino, Zeferina (meus avós), de Antônio Candido (meu pai) e dos tios queridos Darq, Lourdes, Nita, Binha e meu mestre Folclorista Pedro Cândido (eterno Pedrinho).
TOOORRRRREEEE!
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