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Protesto colore muro que teve grafite apagado em avenida de SP

GRAFITE APAGADO


23/01/2017

Uma parede que tinha grafites na Avenida 23 de Maio e que foi pintada de cinza pela Prefeitura de São Paulo nos últimos dias amanheceu com manchas coloridas na manhã desta segunda-feira (23).

As marcas feitas em diferentes cores seriam um protesto contra a cruzada que o prefeito João Doria faz contra as pichações e alguns grafites na capital e lembram as manchas que já foram feitas em monumentos como a estátua de Borba Gato e o Monumento às Bandeiras.

As manchas apareceram em uma parede perto do Viaduto Tutoia, na Vila Mariana. Perto dali, foi preservada uma pintura do muralista Eduardo Kobra que faz referência à São Paulo antiga. No total, haviam sido pintados 15 mil metros quadrados de paredes com grafite nos últimos anos na avenida, fazendo da 23 de Maio o maior mural a céu aberto da América Latina.

Segundo a nova administração, os painéis de grafite pintados em 2015 na 23 de Maio e que estavam pichados foram retirados. O prefeito João Doria anunciou que a avenida terá oito espaços para os grafiteiros.

A estratégia causou protestos. Neste domingo (22), cerca de 40 manifestantes fizeram um ato na avenida a favor dos tradicionais grafites. O ato saiu da Praça da Bandeira, no Centro, e ocupou uma das faixas da pista sentido Aeroporto de Congonhas da 23 de Maio. Os manifestantes levavam faixas e filmavam os grafites que sobraram. Policiais militares acompanharam de perto o protesto, que terminou de forma pacífica no Parque do Ibirapuera.

Doria comenta

Horas antes, durante agenda pública na Vila Maria, Zona Norte da capital, Doria comentou a polêmica em torno do tema. "Pichação não é grafite nem mural. Mural e grafite são expressões de arte urbana, que nós respeitamos. Pichação, não, nós condenamos”, afirmou.

Segundo Doria, o secretário da Cultura, André Sturm, está “convidando muralistas e grafiteiros para recuperar as cores originais” dos grafites que foram mantidos na 23 de Maio. “As demais áreas não: elas serão limpas porque foram degradadas por pichadores”, disse.

“Quero deixar claro: pichadores são condenados na nossa cidade. A população não quer a pichação e não vai ter a pichação porque nós vamos fiscalizar e punir os pichadores", acrescentou. "Inclusive pedi um Projeto de Lei à Câmara Municipal de São Paulo para quintuplicar o valor da multa. E os que não puderem pagar o valor da multa, não tem problema nenhum: vão pegar pincel, tinta e limpar a porcaria que fazem na cidade de São Paulo.”


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