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PF e MPF em Angra instauram inquérito para investigar morte de Teori

TEORI ZAVASCKI


19/01/2017



A Polícia Federal e o Ministério Público Federal em Angra dos Reis instauraram um inquérito para investigar a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, na queda de um avião, na tarde desta quinta-feira. O avião em que o ministro estava caiu no mar próximo a Paraty, próximo a Ilha Rasa, na Costa Verde do Rio de Janeiro, matando outras quatro pessoas.

Uma equipe de policiais federais, especialista nesse tipo de investigação, já está a caminho do local do acidente para realizar o trabalho. O acidente será investigado também pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Aeronáutica, como é o protocolo nestes casos.

O pedido do MPF foi feito pela procuradora Cristina Nascimento de Melo. Nesta sexta-feira, serão feitas diligências no local do acidente.

Ao todo, cinco pessoas morreram na queda do avião. Os corpos de três delas estão na aeronave e os outros são dados como desaparecidos, de acordo com a Aeronautica.

A Infraero informou que o avião que caiu em Paraty era um modelo Hawker Beechcraft King Air C90, de matrícula PR-SOM. A assessoria do aeroporto, que serve para pousos e decolagens basicamente de aeronaves particulares, não divulgou quem estaria na aeronave.

Ministro Teori Zavascki morre em queda de avião

RELATOR DA LAVA-JATO

Teori era o relator da Operação Lava-Jato no Supremo. Ele havia interrompido as férias nos últimos dias para analisar os acordos de colaboração premiada dos executivos da Odebrecht. Teori era o responsável por todos os processos da operação que chegam ao STF, envolvendo políticos e diretores das empresas investigadas.

Com a morte do ministro Teori Zavacki, o destino da Lava-Jato no Supremo ficou incerto e as apurações deverão atrasar. O Regimento Interno da corte determina que, em caso de morte, os processos devem ser herdados pelo substituto, que será escolhido pelo presidente Michel Temer. No entanto, um outro artigo do regimento afirma que “em caráter excepcional”, a presidente do tribunal, ministra Cármen Lúcia, poderá sortear o processo para outro ministro que já integra a corte.
 


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