Economia & Negócios

Dólar recua e volta a fechar abaixo de R$ 3,40, à espera de referendo


20/06/2016



O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (20), abaixo de R$ 3,40, reagindo a uma menor possibilidade de o Reino Unido deixar a União Europeia (UE), após pesquisas mostrarem maior apoio à permanência antes do referendo desta semana. Uma eventual saída poderia reduzir a disposição dos investidores a riscos, prejudicando mercados emergentes como o Brasil.

A moeda caiu 0,61%, a R$ 3,3994 na venda. Na mínima do dia, foi a R$ 3,3737.
A última vez que o dólar fechou abaixo de R$ 3,40 foi no dia 8 de junho, a R$ 3,3697, após furar essa barreira pela primeira vez em quase um ano.
No mês de junho, a moeda dos EUA tem queda acumulada de 5,8%. Em 2016, a perda é de 13,8%.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, queda de 1,16%, a R$ 3,3806
Às 10h, queda de 1,17%, a R$ 3,3802
Às 10h40, queda de 0,74%, a R$ 3,3949
Às 11h20, queda de 0,92%, a R$ 3888
Às 12h, queda de 1,08%, a R$ 3,3821
Às 12h40, queda de 0,93%, a R$ 3,3886
Às 13h30, queda de 0,77%, a R$ 3,3938
Às 14h49, queda de 0,46%, a R$ 3,4045
Às 15h09, queda de 0,72%, a R$ 3,3956
Às 16h09, queda de 0,69%, a R$ 3,3966
Brexit
O mercado ficou atento à diminuição das expectativas pela saída dos britânicos da UE, o que levou a libra a registrar sua maior alta diária em 7 anos, além de impulsionar os mercados asiáticos e os preços do petróleo.

A percepção de que a campanha pela saída vem perdendo força já havia levado a moeda norte-americana a recuar 1,43% na sessão anterior. Veja 13 perguntas e respostas sobre a possível saída do Reino Unido da UE

"Houve uma virada positiva no sentimento sobre o referendo nos últimos dias e as últimas pesquisas parecem confirmar essa melhora", disse à Reuters o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.
Segundo a agência, três pesquisas de opinião no sábado (18) mostraram liderança da opção "ficar", tendência oposta à do início da semana passada. Operadores temem que eventual saída possa golpear a economia global e reduzir a disposição dos investidores de assumirem riscos, prejudicando mercados emergentes.

No Brasil
Apostas de que o Banco Central estaria menos propenso a intervir no mercado sob a batuta de Ilan Goldfajn também ajudaram a derrubar a moeda.

O BC não intervém no mercado desde o último dia de negócios de maio, quando realizou o costumeiro leilão de linha para rolagem que pratica em fins de mês, e não oferta swaps reversos – que equivalem a compra futura de dólares – desde 18 de maio.
"Se o BC continuar ausente e não tivermos grandes sustos, o dólar pode até buscar patamares mais baixos", disse à Reuters o operador de um banco internacional.

Ele mencionou como fatores que podem levar o dólar a retomar a alta novas denúncias de figuras importantes do governo do presidente em exercício Michel Temer. Escândalos recentes vêm alimentando preocupação com a credibilidade e a capacidade do governo – que já perdeu três ministros – de aprovar medidas de ajuste fiscal no Congresso Nacional.
Último fechamento
O dólar fechou em queda na sexta-feira (17), com expectativas do mercado de que perdeu força a possibilidade de o Reino Unido deixar a União Europeia. A moeda norte-americana caiu 1,43%, a R$ 3,4203 na venda.



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