Economia & Negócios

WS indaga quando a área de TI vai interferir no PIB da Paraiba

ECONOMIA


27/12/2015

Em nova postagem em seu Blog, Walter Santos questiona quando a importância dos avanços registrados na área de TI a partir de Campina Grande e João Pessoa, ou vice-versa, vai implicar em riquezas econômicas no PIB paraibano, pois a dados de hoje interfere pouco.

WS lembra que, em Recife, o Porto Digital já tem faturamento anual maior do que a indústria sulcro-alcooleira.

Detalhes a seguir:

Quando a Inovação vai elevar nosso PIB?

Embora seja visível o esforço de diversos organismos, a partir de Campina Grande com a Fundação Parque Tecnológico vinculada à UFCG, da mesma forma que o LAVID – Laboratório do Centro de Informática da UFPB, em João Pessoa, podemos concluir que avançamos muito no segmento de TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação, mas, em termos práticos, ainda somos frágeis na economia e na mudança de hábito cultural advindo desse setor.

A abordagem vem à tona ao examinar que, em Recife, por exemplo, a área de TI construída em torno do Porto Digital já tem faturamento anual maior do que a tradicional indústria da cana-de-açucar e derivados, da mesma forma que Fortaleza avança célere na sedimentação do setor como fonte econômica.

PESQUISA E RESULTADOS ECONÔMICOS

É certo e plausível que o universo acadêmico, através da UFPB, UFCG, IFPB, como instituições federais, tendem a fixarem-se no aprofundamento de pesquisas científicas para inserir a Paraíba no contexto nacional e internacional de bases referências no campo da ação pública, mesmo assim há tempo que exige-se uma melhor e mais aprofundada co-relação das universidades com o mercado – uma das razões de ser da ambiência social.

Na prática, afora o próprio mercado, as instituições precisam gerar meios de articulação com os entes públicos, sobretudo governos, para absorção das invenções e/ou sistemas inovadores criados no uso prático em favor da sociedade, algo que inexiste na prática até hoje de forma sistemática.

É preciso compreender todo o cenário como forma de gerar resultados na base de nosso Produto Interno Bruto porque nossa economia não se sustenta mais com a economia primária, a exemplo da agricultura. Faz tempo que perdemos essa vocação.

O CASO DE CAMPINA E JOÃO PESSOA

São dois grandes centros maiores do Estado com Campina, através de sua Engenharia Elétrica, ganhando fama até no Exterior, mas sem aproveitamento prático dos inventos e novidades sistêmicos advindos das pesquisas e da UFCG.

Efetivamente, não se vê nem a fama de Campina se transformar em vetor econômico na cidade nem referência de negócios resultantes da área de TI, como acontece em Recife e no Vale do Silicio, na California (EUA).

A mesma coisa em João Pessoa com o curso de Ciência da Computação (alô alô Raimundo Nóbrega!), mesmo tendo avanços mas sem aplicabilidade na sociedade local.

O CASO DA CALIFORNIA

Sem grande esforço, basta levar em conta o caso dos Estados Unidos. No século passado, a economia americana dependeu muito da indústria automobilística , tanto que criou seu próprio espaço geográfico através de Detroit – símbolo do capitalismo americano passado, mas que hoje representa uma cidade falida, decadente, porque não dá para entupir o pais de automóvel.

Resultado, os americanos partiram para outros investimentos à base de conhecimento profundo e desenvolveram a Califórnia como referência do Vale do Silício, onde estão as mais importantes empresas de TI.

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