Economia & Negócios

“Tudo pode atrasar no Estado, menos a folha de pessoal”, diz Tárcio Pessoa

Previsão de 2016


21/12/2015

{arquivo}O secretário de Estado do Planejamento, Orçamento, Gestão e Finanças, Tárcio Pessoa, fez um prognóstico nada animador, na última semana, sobre o cenário econômico de 2016. Em entrevista ao canal de vídeo do WSCOM Online, o gestor disse não haver previsão ainda para o cumprimento da data-base dos servidores estaduais no mês de janeiro, porém, buscou tranquilizar o funcionalismo público alegando não haver riscos de atrasos no repasse dos pagamentos.

“Tudo pode atrasar no Estado, menos a folha de pessoal. Pode atrasar tudo, pode atrasar fornecedor, inclusive, até o pagamento da dívida pública, mas, pagamento da folha de pessoal não (sic), é salário, esse é o pensamento do governador, e nós estaremos trabalhando firmes e fortes para que isso não aconteça dentro do Estado da Paraíba”, disse.

Tárcio Pessoa lembrou que 14 Estados estão com folhas de pagamento atrasadas, sem previsão ainda para o pagamento do 13º salário, e que a Paraíba já efetuou o pagamento e se mantém “entre os cinco estados mais equilibrados dentro do país”.

“Passamos o ano de 2015 sem sentir muito a crise porque temos uma política fiscal arrojada, em decorrência do perfil do governador Ricardo Coutinho. Ele tem um perfil de gestor muito forte, pois, em outros tempos, outros governadores com muito menos atrasariam o pagamento da folha salarial, do 13º, enfim, isso aqui já tinha implodido, eu não tenho dúvidas. O Estado da Paraíba tinha implodido devido à crise”, argumentou.

Empréstimo
Por fim, o secretário rebateu algumas críticas de membros da oposição ao Governo do Estado, relativas à aprovação de empréstimo de R$ 700 milhões para o Poder Executivo, na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). “Vamos continuar levando pancada, desacelerando, reduzindo a capacidade de investimentos, buscando outras fontes de investimentos, a exemplo desses empréstimos, que são importantíssimos, para passarmos por 2016. Imaginem? São R$ 700 milhões nos cofres da Paraíba, gerando emprego e renda” ponderou.

LRF
O secretário também confirmou que o Estado ultrapassou o limite de 51% de gastos com a folha de pagamento dos servidores, “em decorrência da diminuição da receita e também do FPE [Fundo de Participação dos Estados] e, por isso, antecipando o ajuste fiscal para este ano”, justificou. 



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.