Entretenimento

Saiba como “Fantástico” e a Rede Globo perdem cada vez mais telespectadores

MIDIA


13/12/2015



Neste domingo, 13, de fiasco completo do movimento pró – Impeachment no Brasil, a edição dominical do “Fantástico” mostrou com seu conteúdo exibido porque, gradativamente, nem o programa nem a Rede Globo conseguem mais manter em quantidade crescente o número de telespectadores acompanhando-a.

Durante 5 minutos, a Globo dedicou uma farta reportagem policial ao episódio de morte, em São Paulo, durante a semana, da menina Sofia, de 4 anos, vitima de asfixia, que a Policia atribui ao pai, Ricardo Najjar. Mas um caso grave, é verdade, mas forçado pela emissora para se transformar em fato nacional sem a dimensão à altura diante de outros grandes fatos.

GERALDO VANDRÉ REAPARECE
E A GLOBO DISTANTE DO FATO

{arquivo}No mesmo tempo, ou seja, na sexta-feira finda, a cidade de João Pessoa abrigou um dos mais fortes debates sobre o Cinema brasileiro, através do Festival Aruanda, com a quebra de silêncio há anos do cantor e compositor Geraldo Vandré avaliando questões importantes do cinema e chegando a cantar uma de suas canções famosas.

No debate, diante da exibição do filme “Chatô, o Rei do Brasil”, sobre a vida do paraibano revolucionário Assis Chateaubriand, estavam nada mais, nada menos do que Vandré, o escritor Fernando Morais, o ator e produtor Guilherme Fontes, o cineasta Wladimir de Carvalho, ator Lima Duarte, etc, numa cena espetacular, mas que as lentes do “Fantástico”, nem da Globo conseguem mais alcançar.

Repito: Geraldo Vandré voltou à cena criticando, inclusive, a ausência da representação da indústria cinematográfica porque considera o debate incompleto sem envolver quem banca a produção. E ele chegou a cantar provocado por Fernando Morais. Uma cena imperdível.

FILTRO QUE REDUZ O TAMANHO TERRITORIAL

Nos últimos dias, na cobertura politica da conjuntura brasileira, um dos fatos mais importantes se deu com a exposição primeira de uma carta dos governadores do Nordeste, antes de outro encontro na semana seguinte com mais chefes de executivo aderindo e se posicionando contra o Impeachment, cuja pauta teve aproveitamento e/ou exposição como de “passagem”, em mero registro, apesar da alta importância do movimento.

Como expõe com mais evidência os fatos ruins da economia e os movimentos a favor do Impeachment, a Globo deixou de fazer jornalismo no nível que fazia antes e isto faz cada vez mais pessoas saírem de seu sinal em busca de quem reproduza informação plural – e neste particular, a Internet supre sem deixar nada a desejar com o conteúdo jornalístico à altura dos tempos de interatividade.

A posição dos governadores do Nordeste merecia uma reportagem mais a fundo pelo significado e tamanho que tomou.

Em síntese, a Rede Globo pode ainda pensar que está imune à queda de audiência, mas os números provam o contrário exatamente porque seu filtro se restringe aos interesses de São Paulo, Rio e Brasilia num Pais onde existem outros 24 estados com realidades que a emissora não está dando conta de cobrir, por isso perde terreno para a Internet.

E assim Geraldo Vandré cantou as canções que, no dia 13 de dezembro, 51 anos depois, bem poderiam ser melhor tratadas pela Globo até “Para não dizer que não falei de Flores”.
 



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