Internacional

Cartório nos EUA é obrigado a aceitar casamento gay após prisão de tabeliã

Direito


04/09/2015

 Um centro de registros do oeste dos Estados Unidos emitiu nesta sexta-feira (4) sua primeira certidão de união de um casal homossexual, depois de ter provocado uma controvérsia porque se negava a aplicar a lei de casamento gay, informou o canal de televisão local WKYT.

A decisão ocorreu depois que a secretária deste cartório do estado rural do Kentucky, Kim Davis, foi presa por ordem de um juiz devido a sua teimosia em defender suas convicções religiosas diante das obrigações oficiais.

Ao enviar Davis à prisão, o juiz David Bunning também ordenou que seus adjuntos retomassem a emissão de certidões de casamento, mesmo sem a aprovação de sua supervisora.

Cinco deles aceitaram a decisão do juiz e uma pessoa — um filho de Davis — se negou, indicou a WKYT.

No fim de julho, a Suprema Corte dos Estados Unidos legalizou o casamento entre homossexuais em todo o país, uma decisão histórica e uma vitória emblemática do presidente democrata Barack Obama.

Pedido negado cinco vezes

Na manhã desta sexta-feira, pouco depois de abrir o cartório do condado de Rowan, James Yates e William Smith se converteram no primeiro casal a receber sua certidão de casamento no estado, depois de terem tido o pedido negado cinco vezes no passado.

Ao se negar a emitir as licenças de matrimônio a casais do mesmo sexo, Davis, de 49 anos, passou de uma simples funcionária pública a uma heroína para milhares de americanos que se opõem ao casamento gay. Ela foi inclusive elogiada por vários dos candidatos presidenciais do Partido Republicano.

"Para mim isso nunca foi um tema de ser gay ou lésbica. É sobre o casamento e a palavra de Deus", declarou Davis anteriormente.

Seu marido, Joe Davis, afirmou nesta sexta-feira que sua cônjuge estava preparada para ficar na prisão "pelo tempo que fosse necessário".


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