A Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTcPB), a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e instituições parceiras, a exemplo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), lançaram na noite desta segunda-feira (24), no Museu Assis Chateaubriand (MAC), a 13ª edição da Feira de Tecnologia de Campina Grande (FETECH).

O evento contou com a presença do reitor da UEPB, professor Rangel Junior; da presidente da Fundação Parque Tecnológico, Francilene Procópio; representantes da UFPB, UFCG e Sebrae; além de diversos profissionais da área de tecnologia do Estado, docentes e políticos. A solenidade de lançamento da 13ª FETECH apresentou como se dará a realização da iniciativa, ressaltando o diferencial de leva-la para o ambiente acadêmico, que gera o conhecimento necessário e fundamental para o desenvolvimento da produção tecnológica.

Para o reitor Rangel Junior, a FETECH tem grande relevância por seu potencial de gerar desenvolvimento para a Paraíba. Ele ressaltou que a Universidade Estadual da Paraíba recebe a Feira com muita honra e destacou que o ambiente acadêmico na qual ela será instalada irá favorecer ainda mais a troca de conhecimentos e experiências que poderão gerar ideias mais inovadoras e com maior potencial tecnológico, que possam intervir, inclusive, para mudanças sociais significativas no contexto de utilizar a tecnologia para promover transformações sociais extremamente necessárias para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária.

A secretária estadual de Ciência e Tecnologia e presidente da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, Francilene Procópio, enfatizou que a FETECH expõe o potencial tecnológico do Estado e abre espaço para o desenvolvimento de inúmeras ações que geram desenvolvimento econômico e social para a Paraíba. Conforme destacou, a edição deste ano focará nas necessidades mais urgentes do cenário atual da Paraíba, do Nordeste e do país, buscando conexões e negócios que gerem ideias e soluções para os desafios da eficiência no uso de energia e da água e no atendimento mais qualificado e humano da saúde. “Buscamos gerar um valor colaborativo e sustentável de ações”, frisou.

Os representantes das instituições parceiras destacaram a importância de resgatar a FETECH e introduzi-la no universo acadêmico. Para eles, esta inovação irá permitir a geração de ações ainda mais efetivas e dará ao público uma maior possibilidade para se conhecer o que as instituições de ensino produzem e dão de retorno para o que a sociedade investem nelas.

A FETECH se constitui como uma ferramenta bastante eficaz para cumprir seu papel articulador de antecipar tendências, promover parcerias e estabelecer conexões consoantes com as demandas de seu tempo. Este ano, a Feira será realizada de 28 a 31 de outubro, no Centro de Integração Acadêmica da UEPB, no Câmpus de Bodocongó, e irá dispor de uma área de 1.029 metros quadrados, onde será instalados 91 estandes para as mais diversas empresas e instituições tecnológicas apresentarem seus produtos.

Ao longo de suas 12 edições, a Feira permitiu que Campina Grande se tornasse um celeiro de conhecimento, amplamente divulgado e reconhecido, nacional e internacionalmente. Assim sendo, ao longo das edições realizadas, a Feira fortaleceu e consolidou as características mais fortes de Campina Grande: o pioneirismo e inovação. Muitas das iniciativas que hoje repercutem e beneficiam a sociedade brasileira tiveram suas sementes plantadas em solo campinense.

Foi através da FETECH, por exemplo, que a sociedade campinense teve acesso à internet pela primeira vez, em 1992. Em função disso, os técnicos, liderados pelo professor Nicolletti, montaram a pequena rede e realizaram a conexão com o ponto de internet mais próximo, que era o do Instituto Tecnológico de Pernambuco (ITEP), que por sua vez foi ligado a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Os dados foram transmitidos em uma velocidade de 19,2 Kbps. Outros exemplo são a ideia de incubação de empresas e o Programa de Saúde da Família (PSF), importado de Cuba, presente em todos os estados da Federação. E foi Campina Grande uma das primeiras cidades a instalar tais modalidades de serviços.

A FETECH representa uma permanente aprendizagem, um movimento que provoca a terceirização e introdução de pequenas empresas no mercado local, além de movimentar a economia da cidade através dos serviços e aquecimento da indústria hoteleira. Ao longo da realização 12 edições, a FETECH se transformou, simbolicamente, não apenas como vitrine, mas como um evento que projetou Campina Grande como polo de C&T promissor e buscou contribuir para uma sociedade mais justa e participativa.