O analista político e blogueiro do WSCOM, Walter Santos, avalia os efeitos da decisão do Tribunal de Justiça de condenar diversos ex-gestores públicos, inclusive o deputado federal Veneziano Vital. Ele acha que não há ainda inelegibilidade do parlamentar, como disseram alguns agentes políticos, porque cabe recurso. WS avalia ainda os efeitos da passagem de Eduardo Cunha na Paraiba.

A inelegibilidade de Vené, a sorte de RC e a pirotecnia

Desde o final da semana em conclusão, que não se fala de outra coisa senão ainda o reflexo da passagem do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, ainda de toda a pirotecnia que algumas operações produzem, a exemplo da Lava Jato com a Grande Mídia ignorando outros graves escândalos e, por fim, a conversa de inelegibilidade do deputado federal Veneziano Vital com a decisão do Tribunal de Justiça de condená-lo por ato de improbidade.

Como se diz lá na Torre, vamos de baixo para cima entender melhor o que se passa nas lides políticas da aldeia e do País.

No caso de Veneziano Vital, não há a consolidação de inelegibilidade alguma por quanto ainda a decisão do TJ se dá em Primeira Instância, portanto, cabe recurso ao Pleno do Tribunal para que, em revertendo a posição primária da Corte, evite a consolidação do impedimento a outros projetos públicos.

Aliás, o deputado precisa se preocupar também com processos em curso no Tribunal de Contas.

ABAFANDO OUTROS CASOS GRAVES

Desde ontem que ecoa os efeitos de nova fase da Operação Lava Jato. O Juiz e o Ministério Público se vangloriam de ser a 15ª etapa. Sem dúvidas, trata-se de corretivo importante, mesmo que precise deixar de ser seletivo, ou seja, tenha conduta implacável contra uns e com outros não.

No caso de agora, de ontem em diante, pegaram peixe miúdo, gente que precisa dar explicações, é verdade, diante de possíveis flagrantes, mesmo assim as duas instâncias de Poder precisam dizer como vão resolver a partir de agora depois que o delator Paulo Roberto Costa negou tudo o que havia dito em delação.

Independentemente, as autoridades e a Grande Midia precisam ainda demonstrar mesmo empenho nos graves escândalos do Carf – desvios em tese maiores do que da Petrobras -, e do HSDC, este envolvendo muitos tubarões, mas a Imprensa do Centro Sul se lixa para isso.

A limpeza precisa ser geral e não seletiva como sendo no decorrer do processo.

A ‘SORTE’ DE RICARDO COUTINHO

Eduardo Cunha deu ao governador da Paraiba um status no processo de impedimento dele falar sobre Reforma Política na Assembléia Legislativa num nível em que ele nada tem a ver, enquanto responsabilidade.

A atribuição da segurança, conforme se deu em ato na Assembléia do Rio Grande do Norte, está vinculada ao setor do Poder independente exercido pelo Legislativo.

Na prática, RC saiu-se com resposta à altura e com empatia junto aos movimentos sociais, diferentemente do presidente da Câmara Federal.

ULTIMA

“Lá vem a barca chamando o povo/
Pra liberdade/ que se conquista…”