Política

Mercadante confia em “sinais” de Dilma para ter sobrevida no Planalto


24/03/2015



Alvo de críticas do PMDB, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, tem confiado sua sobrevida no Planalto aos sinais de resistência que a presidente Dilma Rousseff tem emitido em relação às pressões por sua saída. Nesta semana, três ministros acabaram escalados para a defesa de Mercadante após a reunião da coordenação política com a presidente.

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab; a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa saíram da reunião negando qualquer sinal de vulnerabilidade do ministro, principal alvo de fritura do PMDB.

O assunto chegou ser discutido na reunião na qual Mercadante pode contar com o apoio de Kassab. O ministro das Cidades chegou a dizer aos peemedebistas presentes ao encontro, que não entendia porque lideranças do PMDB atribuíam a Mercadante a responsabilidade das articulações para recriação do antigo PL.

Na reunião, Kassab teria garantido aos peemedebistas presentes que nunca conversou com o chefe da Casa Civil sobre o assunto.

A movimentação para a recriação do partido começou a ser feita por Kassab no final do ano passado e irritou a cúpula do PMDB que entendeu as movimentações de Kassab e do ex-ministro da Educação, Cid Gomes, que propôs criar uma frente partidária de apoio ao governo, como forma de diminuir a importância do PMDB na coalizão.

Na semana passada, Dilma negou sua intenção de fazer uma reforma e disse que faria mudanças “pontuais”, motivadas pela saída de Cid Gomes do Ministério da Educação.

Dilma, no entanto, em entrevista em Porto Alegre, condicionou as possíveis mudanças no seu governo à aprovação do pacote fiscal no Congresso, um claro recado ao PMDB, maior partido aliado que pressiona pela saída de Mercadante do Planalto.


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