Economia & Negócios

Dólar abre em forte alta, cotado a R$ 3,20


13/03/2015

O dólar à vista no balcão abriu em forte alta nesta sexta-feira, 13, acima de R$ 3,21, puxado pelo avanço da moeda no exterior em meio à demanda de investidores antes da reunião do Federal Reserve, Fed, o banco central norte-americano, na semana que vem. A tensão com protestos populares programados para hoje e o domingo, 15, no Brasil, notícias sobre a Petrobras e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também sustentam a alta.

Às 9h33, a moeda à vista no balcão subia 1,11%, a R$ 3,1890. Na abertura, foi negociada a R$ 3,2120 (+1,84%). Na mínima, registrou R$ 3,1820 (+0,89%). No mercado futuro, o dólar para abril valia R$ 3,2060, em alta de 0,63%. Essa moeda começou a sessão com ganho de 1,38%, a R$ 3,2300.

Nesta sexta-feira, há temor de confronto entre manifestantes nos atos das centrais sindicais, organizados pela CUT e MST, a partir das 15 horas, contra a "ruptura democrática" e o impeachment da presidente Dilma, e pela garantia dos direitos trabalhistas. Também pesam a possibilidade de a Petrobras adiar por seis meses o prazo de entrega de seu balanço auditado e a informação de que houve um duelo muito duro entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na quarta à noite, com o primeiro insistindo na manutenção do veto à prorrogação até 2042 dos subsídios sobre a energia elétrica para grandes empresas do Nordeste, e ameaçando até pedir demissão caso fosse derrotado.

A presidente cancelou viagem que faria a Belo Horizonte para evitar protestos em evento fechado, conforme apurou o Broadcast. Já a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) informou, na noite passada, que o cancelamento está relacionado ao estado de saúde da mãe de Dilma. Segundo a agenda oficial, Dilma recebe às 15h30 o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.



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