Artes

MAC abriga primeira exposição de estudante da UEPB

Conclusão de curso


26/11/2014

Já se foi o tempo em que trabalhos de conclusão de curso eram tidos apenas como um processo burocrático de avaliação final de uma graduação. Principalmente para quem se forma nas áreas de artes e comunicação, os chamados TCC’s ganham cada vez mais características que exploram a criatividade do aluno, além de se tornarem tendência entre os profissionais que acabam de sair da universidade. Tendo esse pensamento como norteador, o artista visual Everton David apresenta nesta quinta-feira, 27, às 16hrs no MAC (Museu de Artes Assis Chateaubriand) da UEPB, a exposição intitulada O que permanece comigo. Concluinte do curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela UEPB, Everton se torna o primeiro aluno da Instituição a expor seu TCC nesse que é um dos mais importantes museus do Estado.

No evento de abertura também haverá a defesa pública do trabalho, que marca um momento importante da carreira do artista. Everton David é natural de Arara no agreste paraibano, e seu trabalho se desenvolve na poética de memória e sentimento, em que busca discutir inquietações pessoais retratando-as no campo da visualidade. “Neste trabalho procurei mergulhar o espectador numa poética de memórias autobiográficas de infância, permeadas por simbolismos e sentimentos. Fazendo emergir de documentos pessoais lembranças particulares, hora tonalizadas numa aquarela azul sobre uma fotografia, hora através de colagens e objetos eletrônicos que dão formas e cores ao passado”, descreve.

A professora Agda Aquino, orientadora e também curadora da exposição, destaca a importância de trabalhos como esse: "a academia deve assumir para si o papel de fomentar a cultura e arte, e trabalhos como esse devem ser estimulados. É realmente uma honra para eu participar disso." A exposição explora diferentes linguagens das artes visuais, como fotografia, pintura, colagens, objeto, instalações e desenho. “Entre estudos de cores, linhas que reconstroem jogos eletrônicos, fotografias de arquivo aquareladas, documentos que recontam o passado, é possível encontrar aquela busca constante em cada um de nós. Everton David não é necessariamente do tipo saudosista, mas sabe que saudade dá o tom de suas obras. Ele é do tipo que busca no passado as respostas mais complexas e simples sobre si mesmo”, ressalta a curadora.

No contexto em que a academia se aproxima do mercado de trabalho e seguindo exemplos de inovação e empreendedorismo no aspecto de autopromoção, trocar a monografia por trabalhos que envolvem a capacidade de criar conteúdo que extrapole os limites do mundo acadêmico, pode ser a melhor jogada para se firmar no mercado de trabalho. A exposição O que permanece comigo fica em cartaz até março de 2015 no MAC, localizado na João Lélis, 581, no bairro do Catolé, em Campina Grande. Aberto de segunda à sexta das 13h30 às 19h, com entrada gratuita.

 



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.