Mais um evento dentro das comemorações do centenário de morte do poeta do “Eu”. O livro O Evangelho da Podridão – Culpa e Melancolia em Augusto dos Anjos, do professor Chico Viana, será lançado na próxima terça-feira (25), às 19h, na Fundação Casa de José Américo – Av. Cabo Branco, 3336. A apresentação será feita pelo cronista e acadêmico Gonzaga Rodrigues.

Com ilustração de capa, assinada pelo artista plástico Flávio Tavares, o livro integra o projeto de parceria do Governo do Estado, editado pela Fundação Casa de José Américo com impressão da A União Editora. A obra é fruto dos seus estudos de doutorado em Ciência da Literatura, pela Faculdade de Letras da Universidade Federal da Paraíba.

Falando sobre a importância desta segunda edição, com assinatura da FCJA, Chico Viana destaca: “Augusto dos Anjos e José Américo de Almeida têm em comum o pioneirismo com que transplantaram para poemas e romances aspectos da realidade nordestina. Ambos, cada qual a seu modo, inovaram esteticamente a nossa literatura. Publicar o livro com o respaldo da fundação que leva seu nome não deixa de ser uma forma de sublinhar este vínculo”.

O presidente da FCJA, Damião Ramos Cavalcanti, ressaltou que uma das finalidades da Fundação Casa de José Américo é editar livros que propaguem a obra do grande escritor da literatura brasileira, José Américo de Almeida, além de livros de paraibanos ilustres como Augusto dos Anjos, José Lins do Rego, Ariano Suassuna e outros, como também textos e ensaios críticos sobre esses renomados autores paraibanos. Ainda, nesse sentido, novos valores que se distinguirem na arte literária.

Impressões sobre o livro

“O evangelho da podridão revela, de modo cabal, o alto nível que a crítica universitária pode atingir, quando exercida por profissionais que saibam aliar sutileza e erudição. É o caso de Chico Viana: seu texto, sem dúvida, se tomará referência obrigatória para os leitores e exegetas da poesia de Augusto” – Antônio Carlos Secchin – membro da Academia Brasileira de Letras.

“Quero louvar em Chico Viana o seu rigor. O seu obstinado rigor, como em Valéry. E em Da Vinci. Não diz uma palavra que não se documente, com espírito de minúcia e, ao mesmo tempo, com amplidão de perspectivas” – Antônio Carlos Villaça – escritor carioca.

“Da escrita de Chico Viana, surge, a meu ver, um Augusto caracterizado por uma extraordinária coerência estética. A Psicanálise, aqui, não ousa interpretar a vida do autor (o que seria um despropósito). Ajuda, no entanto, a esclarecer as ambivalências do signo literário na poesia do poeta paraibano” – Hildeberto Barbosa Filho – membro da Academia Paraibana de Letras.

O autor – Paraibano de Campina Grande, Chico Viana (Francisco José Gomes Correia) graduou-se em Letras pela UFPB, obteve o título de mestre e de doutorado em Teoria Literária pela Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor aposentado da UFPB, onde orientou cerca de 40 trabalhos acadêmicos (entre monografias, dissertações e teses).

Iniciou sua vida literária em 1977 com o livro De mãos atadas. A seguir publicou mais três livros de crônicas e a coletânea de ensaios A Sombra e Quimera, sobre a poesia de Augusto dos Anjos. Fundou o Curso Chico Viana, onde ensina Português e Redação. Mais informações no site www.chicoviana.com