Educação

Competição SAE BRASIL Demoiselle aproxima aluno do ensino médio à aeronáutica

Preparação


24/09/2014



 Vem aí a segunda edição da Competição SAE BRASIL Demoiselle, formada apenas por estudantes de ensino médio. A competição será realizada no dia 11 de outubro, das 13h às 17h, no Ginásio Poliesportivo da ADC Embraer, em São José dos Campos, SP. Estão inscritas nove equipes, num total de quase 100 alunos, matriculados em escolas públicas e privadas de São José dos Campos, Jacareí, Salto e Botucatu, e região de Gavião Peixoto, área alvo da competição.

Para participar, as equipes foram desafiadas a projetar, construir e fazer voar um pequeno avião, propulsionado à hélice e movida pela torção de um elástico, seguindo regras estabelecidas pela SAE BRASIL, disponível no site www.saebrasil.org.br. O objetivo da competição é disseminar o interesse e conhecimento da engenharia, especialmente a aeronáutica, em particular a partir do fascínio e atração que a aviação exerce sobre o homem.

São José dos Campos – a cidade será representada por 6 equipes, uma delas a Ayr Picanço da Escola Estadual Ayr Picanço, ganhadora da primeira edição e que realizou 41.9 segundos de voo com um avião monoplano feito em madeira balsa e papel filme.

Outras escolas de São José dos Campos que serão representadas na competição são a E.E. Professor Juvenal Machado de Araujo (equipe Blue Sky 2.0), Escola Cristã Batista Regular (equipe Escola Cristã), Escola Técnica Professor Everardo Passos (equipe ETEPBirds), Colégio Embraer Juarez Wanderley (equipe Marechais do Ar) e Centro de Educação Professor Hélio Augusto de Souza/Cephas (equipe SkyDrivers).

Botucatu – a cidade será representada pela equipe Ipanema, do Colégio Embraer Casimiro Montenegro Filho, segunda colocada em 2013.

Jacareí – a equipe Caravelle, do Colégio Rezende Rezende, será a representante de Jacareí.

Salto – estreante na competição, Salto será representado pela equipe Taperá Teen, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP).

Projetos – Construídas em madeira, papel ou outro material, as pequenas aeronaves devem pesar no mínimo 7 gramas, terem no máximo 40 cm de envergadura (distância entre uma ponta de asa a outra) projetada, hélices de 23 cm de diâmetro máximo e estrutura capaz de suportar a força que o elástico faz sobre ela ao ser torcido por várias centenas de voltas até o lançamento, feito a mão. O desafio é fazer a aeronave, não controlada, voar maior tempo possível numa área delimitada. A equipe que obtiver o maior tempo de voo do pequeno avião será a vencedora.

Além de troféu, os integrantes da equipe vencedora poderão acompanhar, na área vip, a 16ª Competição SAE BRASIL AeroDesign, agendada para 30 de outubro a 2 de novembro, no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, SP. As segunda e terceira equipes colocadas receberão troféus.

Demoiselle – Os aviões deverão ser construídos e testados antes da competição. Para a construção será permitido o uso de madeira, papel, filme plástico, cola, fibra de carbono e fibra de vidro, linha, arame, tubo plástico, elásticos, além de qualquer material denso para o lastro (se necessário para balanceamento). O elástico utilizado nos voos oficiais será fornecido pela organização. Cada equipe terá um intervalo de 50 minutos para realizar, no mínimo, três voos.

O termo “Demoiselle” é uma homenagem da SAE BRASIL ao segundo avião projetado e construído por Alberto Santos Dumont, menos conhecido que o 14 Bis, mas cuja concepção estrutural é considerada excepcional, vindo a influenciar, no começo do século 20, toda a então indústria da aviação, especialmente a europeia.

Demais competições – A SAE BRASIL realiza mais três competições estudantis, estas voltadas para estudantes de graduação em engenharia: a Baja SAE, em que estudantes projetam e constroem veículos off-road; SAE AeroDesign, que estimula o projeto e construção de aeronaves em escala reduzida; e Fórmula SAE, voltada ao desenvolvimento e construção de carros tipo Fórmula a combustão ou elétricos. As três competições seguem os padrões da SAE International e as equipes vencedoras têm conquistado brilhante espaço para o Brasil no Exterior.

“Colocar em prática as teorias aprendidas na sala de aula e o desenvolvimento de capacidades requeridas pelo mercado, como liderança, trabalho em equipe e gestão de projetos, são alguns dos pontos enfatizados nas competições estudantis da SAE BRASIL que consideramos essenciais a uma boa formação de engenharia”, ressalta o engenheiro Ricardo Reimer, presidente da SAE BRASIL.



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