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Mesmo após incêndio criminoso, casamento gay é mantido no Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul


12/09/2014



{arquivo}O Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Sentinelas do Planalto, que sediará um casamento comunitário em Santana do Livramento (RS) entre 28 casais heterossexuais e um casal homoafetivo no sábado (13/9), foi incendiado criminosamente na madrugada de quinta-feira (11/9). Testemunhas relatam que quatro homens utilizaram bombas caseiras para pôr fogo no salão. Há semanas, o CTG recebia ameaças anônimas de pessoas contrárias à realização do casamento entre duas mulheres. Apesar da destruição parcial do imóvel, a juíza Carine Labres manteve o casamento coletivo e convocou a comunidade a auxiliar na reconstrução do CTG. A Polícia Civil já identificou os suspeitos.

Moradores próximos ao CTG relataram que os homens vestindo bombachas saíram de um carro branco e foram em direção ao imóvel após o responsável Gilberto Gisler, conhecido como Xepa, deixar o local. A polícia identificou dois focos de incêndio: um na cozinha, que não vingou, e outro no palco, que se espalhou rapidamente. O Corpo de Bombeiros demorou três horas para controlar as chamas. O fogo destruiu cerca de 40% da agremiação, afetando principalmente o palco e o salão.

Apesar do incêndio, o casamento coletivo está mantido. A juíza Carine Labres, que conduzirá a celebração civil, reuniu-se com a Brigada Militar e obteve aval para manter a data. “Infelizmente o incêndio aconteceu, apesar das medidas preventivas que foram adotadas. Mas vamos trabalhar para ajudar a reerguer o CTG a fim de que o casamento coletivo aconteça”, defendeu. A magistrada aguarda laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP) para verificar se não há riscos de desabamento.


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