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Brasil atropela a Itália e briga com os EUA por seu 10° título na Liga Mundial

na final


19/07/2014



Os golpes eram tão precisos e rápidos, que deixaram a Itália tonta. O Brasil mantinha a guarda alta e batia sem pena. A arena lotada de Florença parecia não acreditar no que os olhos teimavam em mostrar. Nem mesmo Ivan Zaytsev, o grande nome do time, conseguia fazer a diferença. A seleção era a dona daquele pedaço, estava inteira em quadra e com pressa de assegurar o seu lugar na decisão da Liga Mundial. Com autoridade, venceu a partida deste sábado por 3 sets a 0, parciais de 25/11, 25/23 e 25/20, e manteve viva a esperança de conquistar o decacampeonato.

Foi exatamente contra a Azzurra, na última rodada da fase de classificação, que o time comandado por Bernardinho mostrou que os dias turbulentos haviam ficado para trás. Com os dois triunfos naquela ocasião, retomou a confiança e os trilhos. Entrou na fase final com a última vaga do grupo e agora decidirá com os Estados Unidos quem ficará no alto do pódio. O confronto será neste domingo, às 15h30 (de Brasília) com transmissão ao vivo do SporTV e em Tempo Real no GloboEsporte.com.

A última vez que o Brasil ergueu o troféu foi na edição de 2010, em Córdoba, na Argentina. Na temporada passada, chegou à final mas foi superado pela Rússia.

O jogo

As tentativas de Zaytsev paravam nos braços dos jogadores brasileiros. Quando não tinham um bloqueio pela frente, passavam do limite da quadra. Ele se irritava e pedia calma aos companheiros. A Azzurra tinha dificuldade de jogar contra um Brasil que sacava e defendia bem (12/4). Parecia sentir também a ausência do ponteiro Jiri Kovar, que não se recuperou das dores no joelho e cedeu lugar a Filippo Lanza. Se a vantagem não parava de crescer rapidamente, a intranquilidade começava a ficar evidente. O técnico Mauro Berrutto invadia a quadra para reclamar com a arbitragem. O cartão amarelo não demoraria a chegar (18/7). As peças eram trocadas. Sem um ponto sequer na conta, Zaytsev ia descansar no banco. Os italianos estavam atordoados em quadra, sentiam a pressão e desandavam a cometer erros em série (23/10). Uma pancada de Sidão deu o set ao time brasileiro: 25/11.

Os donos da casa tentavam entender o que havia acontecido. Zaytsev voltava para o jogo e comemorava muito a sua primeira virada de bola perfeita. A seleção errava os saques e a Itália aproveitava para deixar as ações equilibradas. Bernardinho dava o puxão de orelhas e pedia que seus comandados seguissem pressionando no serviço. Pedido atendido. Lá na frente, Lucão era presença constante. Ora como muro, ora como trator. Ao lado de Sidão, tratavam de complicar a vida do oposto Zaytsev (22/16). Ainda assim, eles insistiam. Foram tirando proveito das falhas brasileiras para ir cortando a diferença (23/20). E cada vez que se aproximavam, os anfitriões apelavam para pressionar a arbitragem. Conseguiram levar um ponto assim no grito (23/23). No segundo, Bernardinho pediu o desafio e foi apontada a bola fora. A equipe manteve a calma e fez 2 a 0: 25/23.

O bloqueio brasileiro seguia firme. Fazia os jogadores rivais se reunirem no centro da quadra na tentativa de buscar uma outra opção de passar por ele (11/8). Do outro lado da rede, o ritmo não diminuía. Lucarelli, Wallace, Murilo castigavam os rivais. A equipe estava coesa e conseguia arrancar aplausos de seu exigente treinador. Um saque na rede de Zaytsev deu a vitória ao Brasil: 25/20.

TABELA DE JOGOS DA FASE FINAL*

Grupo H
16/7 – Itália 3 x 0 Estados Unidos – 25/22, 25/21 e 26/24
17/7 – Estados Unidos 3 x 1 Austrália – 22/25, 25/18, 25/23 e 25/19
18/7 – Austrália 0 x 3 Itália – 14/25, 22/25 e 21/25

Grupo I
16/7 – Irã 2 x 3Rússia – 25/18, 18/25, 21/25, 37/35 e 8/15
17/7 – Rússia 1 x 3 Brasil – 26/24, 22/25, 25/23 e 25/22
18/7 – Brasil 1 x 3Irã – 21/25, 19/25, 25/23 e 26/28

Semifinais
19/7 – 12h30 – Irã 0 x 3 Estados Unidos – 25/18, 25/22 e 25/15
19/7 – 15h30 – Itália x Brasil

Disputa do terceiro lugar
20/7 – 12h30 – perdedores das semifinais

Final
20/7 – 15h30 – vencedores das semifinais

 


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