Economia & Negócios

Turistas preferem transporte público e faturamento de taxistas cai 40% na Copa

Taxistas


02/07/2014

 Contrariando as expectativas dos taxistas da cidade de São Paulo, a Copa do Mundo se tornou uma dor de cabeça para a categoria. De acordo com o presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, Natalício Bezerra Silva, o setor esperava dobrar o faturamento durante o Mundial, mas o que acontece até o momento é uma queda de 40%.

— Nós esperávamos um movimento grande, investimos em cursos de idiomas para os nossos filiados e o faturamento caiu quase pela metade.

O taxista João de Sousa, 57, que trabalha em um ponto no bairro República, região central da capital paulista, enxerga o evento como um prejuízo.

— O pessoal foca na Copa e fico muitas horas parado. As empresas liberam os funcionários mais cedo e o movimento cai.

Leia mais notícias de São Paulo

João ainda conta que fez poucas viagens com passageiros estrangeiros desde o início dos jogos e sua corrida mais lucrativa com “gringos” atingiu o valor de R$19.

Em sua primeira Copa do Mundo e visitando São Paulo também pela primeira vez, o argentino Filipe Posse, de 27 anos, conta que só utilizou o serviço de táxi uma vez na cidade paulista e por uma emergência.

—Estava com meu amigo na FIFA Fan Fest e ele torceu o pé. Tivemos que pegar um táxi do Vale do Anhangabaú até a rua Pamplona, onde estamos hospedados. A viagem custou R$14.

Questionado se pensa em andar por São Paulo de táxi mais uma vez, Posse disse que só se houver outra situação de urgência.

Já Nicolas Argento, 38, também argentino, está em sua segunda Copa do Mundo. A estreia dele em mundiais foi em 1994, nos Estados Unidos, quando o Brasil se sagrou tetracampeão e a Argentina foi eliminada nas oitavas de finais pela Alemanha por 3 a 2. Segundo Argento, as linhas do metrô da cidade de São Paulo o levam para os principais locais.

— Táxi é muito caro. Como estou hospedado próximo à avenida Paulista, prefiro usar o metrô, que faz as mesmas distâncias e me leva para onde quero por um preço muito menor.

A expectativa do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, agora, é recuperar o movimento após o término da Copa do Mundo, quando a cidade voltará ao seu ritmo normal.



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.