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Vital propõe alternativas para diminuir devastação do meio ambiente na PB


17/06/2014

O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) manifestou nesta terça-feira (17), quando comemoramos o Dia Mundial de Combate à desertificação e à Seca, data escolhida pela Assembleia-Geral da ONU em 1994, sua preocupação com a natureza e especialmente com o futuro de nosso planeta. Vital do Rêgo, que é titular da Comissão do Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado Federal, alertou para a necessidade urgente de se viabilizar ações concretas que garantam um planeta mais saudável no futuro.

Vital que preside a Comissão Externa de Acompanhamento das Obras de Transposição de Águas do Rio São Francisco, esteve acompanhando a presidente Dilma Rousseff (PT) em recente visita as obras de transposição do Rio São Francisco, no trecho de Piranhas, na Paraíba. Para o senador a obra avançou nos últimos meses, e que a presença de Dilma Rousseff na Paraíba, só reafirmou o compromisso da presidente em ajudar o nordestino a conviver com a seca. Ele lembrou que o governo federal realizou uma série de obras para amenizar o drama da seca, sendo que a transposição será a obra do século que irá mudar de vez, a face rural do nordeste. “Esse túnel inaugurado hoje e o outro que deverá ser inaugurado em dezembro, são marcas indeléveis desse governo” comentou.

Ao chegar no canteiro de obras, o senador garantiu que a transposição vai garantir a segurança hídrica necessária para o semiárido nordestino, contribuindo assim, para ajudar o homem do campo a conviver com a seca. O acesso a água segundo o senador, é fundamental para o Nordeste que já enfrentou períodos de longa estiagem. Para ele, a transposição do Rio São Francisco já é uma realidade. A obra segundo Vital, é crucial para alavancar o desenvolvimento da região.

Ainda no Túnel Cuncas II, em São José de Piranhas (PB), a presidenta Dilma Rousseff afirmou que as obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco são cruciais para garantir o melhor convívio com a seca recorrente na região. Ela ressaltou que a interligação tem envergadura especial para beneficiar 12 milhões de pessoas em estados do Nordeste, e que junto com outros projetos serão marcas indeléveis na questão da segurança hídrica.
“As autoridades aqui têm muita consciência sobre a questão da água, por isso que o Brasil aqui está avançando. Fizemos cisternas, usamos os carros-pipa do Exército, mas a que vai ficar e vai garantir que o Nordeste tenha segurança hídrica de fato é essa aqui Integração do São Francisco. No Ceará tem o Eixão das Águas. Na Paraíba, o Canal das Vertentes Litorâneas, e aqui esses dois túneis serão marcas indeléveis nessa questão. Estamos investindo para garantir que não seja surpresa para nós a falta de água”, analisou a presidenta.

O senador paraibano vem lutando incansavelmente para amenizar o sofrimento do povo paraibano para com o efeito da seca, tanto que teve aprovado pelo Senado seu projeto de Lei que anistia a dívida dos pequenos produtores contraídas a partir de 2001, de até R$ 35 mil. Todos os representantes da ALPB já se uniram ao apelo do senador paraibano junto ao poder legislativo nacional.

Mata Atlântica na PB – Vital do Rêgo, relata que esse bioma que já abrangeu 63 municípios e ocupava uma área de 657.851,21 hectares. Hoje, restam apenas 16,11%, o que equivale a pouco mais de 105.000 há. O senador vem levando ao conhecimento dos gestores municipais que detêm atualmente no Estado as áreas de maior concentração dessa vegetação no Estado, como Cruz do Espirito Santo, Santa Rita, Rio Tinto e Mamanguape os várias inciativas de preservação ambiental, com o manejo correto das águas no contexto urbano; prevenção de desastres em áreas urbanas; construção sustentável; mobilidade sustentável e/ou qualidade do ar; resíduos sólidos urbanos; áreas contaminadas e/ou prevenção de acidentes com substâncias perigosas nas cidades e fortalecimento institucional, planejamento e gestão ambiental urbana.

O parlamentar peemedebista cita como outra alternativa econômica para essas regiões o ecoturismo, que, é um segmento de atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentivando sua conservação e buscando a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas, sem o prejuízo ambiental. “O ecoturismo é o segmento turístico que proporcionalmente mais cresce no mundo, enquanto o turismo convencional cresce 7,5% ao ano, o ecoturismo está crescendo entre 15 a 25% por ano. A Organização Mundial de Turismo (OMT) estima que 10% dos turistas em todo o mundo tenham como demanda o turismo ecológico. O faturamento anual do ecoturismo, a nível mundial, é estimado em US$ 260 bilhões, do qual o Brasil se apropriaria com cerca de US$ 70 milhões”, afirma.
Desertificação – O senador citou como exemplo a Paraíba que sofre com o processo de desertificação. O Estado segundo alertou o senador com base em relatório dos especialistas, está em adiantado estado de desertificação.

Os organismos ambientais acreditam que mais de 70% da Paraíba esteja enfrentando o processo de desertificação. Isso significa que 1,66 milhão de pessoas a metade da população paraibana está sofrendo com os efeitos do processo de degradação ambiental. O fenômeno está relacionado com os aspectos do clima árido, mais evidente nas regiões do Cariri, Sertão e Seridó, mas a ação do homem é a principal causadora das transformações drásticas que o solo vem sofrendo. O resultado é a infertilidade de muitas localidades, que só poderão ser recuperadas depois de décadas da utilização de técnicas específicas de manuseio da terra.

O senador concorda com o pesquisador e chefe geral da Embrapa Algodão, Napoleão Beltrão, onde explica que as práticas que estão sendo utilizadas por moradores e trabalhadores da zona rural do Estado, têm sido extremamente prejudiciais à saúde do solo. “O manejo equivocado do solo traz graves danos ao meio ambiente e as consequências disso são, dentre outras, a improdutividade do lugar”, alertou. De acordo com o especialista, a desertificação é a perda da capacidade produtiva dos ecossistemas, causada pela ação antrópica, ou seja, do homem.

Conforme informou o chefe da Embrapa, 72% do solo paraibano já faz parte dessa transformação e a criação de animais de forma desordenada é um dos principais causadores desse dano. O pesquisador informou que em regiões como o Cariri e Seridó, criadores de caprinos e gado, especialmente, costumam exagerar na quantidade de animais por hectare, provocando a compactação do solo de tal forma que impossibilita o uso para a agricultura.
Vital defende que a os órgãos competentes do Governo do Estado realizem uma ampla campanha de conscientização para com os pequenos agricultores com o intuito de mostrar a esses produtores os males da superlotação de animais por hectares. Ele se colocou à disposição para intermediar junto aos órgãos federais apoio para tais inciativas.

A preocupação com o meio ambiente sempre foi uma bandeira de luta de Vital em Brasília. Quando era deputado federal ele encaminhou indicação ao Ministério do Meio Ambiente sugerindo a elaboração de uma política com vistas à adequada coleta de lixo reciclável em todo o território nacional.


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