Economia & Negócios

Aplicativo do BC ajuda a achar casas de câmbio e ver cotações

"Câmbio Legal"


11/06/2014



O Banco Central lançou nesta quarta-feira (11) uma nova versão do aplicativo "Câmbio Legal", lançado inicialmente no ano passado, para tablets e smartphones que, além de localizar casas de câmbio e mostrá-las em um mapa, também passou a permitir consultas do chamado "Valor Efetivo Total" (VET) cobrado nas operações – que engloba a taxa de câmbio, tributos e tarifas.

O novo formato do aplicativo, chamado de "Câmbio Legal", já está disponível por meio da App Store e do Google Play para os aparelhos que utilizam os sistemas IOS e Android.

O valor do VET que aparecerá no aplicativo, porém, é relativo ao mês anterior da operação. Deste modo, é possível que o valor cobrado na casa de câmbio no momento da operação seja diferente do que aparece no aplicativo do BC.

"Não significa que vai vender exatamente naquele valor [informado no aplicativo], mas a gente acredita que seja uma referência muito interessante. A gente acha que acrescenta muito. Não dá garantia, mas o cliente tem a referência", declarou Augusto Ornelas Filho, do Departamento de Regularção Prudencial e Cambial do BC.

No futuro, informou ele, talvez seja possível disponibilizar o VET praticado em termpo real pelas instituições financeiras. Segundo Ornelas Filho, o aplicativo vai interessar aos brasileiros, que querem comprar moeda estrangeira, ou aos estrangeiros que têm interesse em fazer a conversão para reais.

Localizar casas de câmbio

Por meio da ferramenta, também continua sendo possível localizar os pontos de câmbio em todo o país e assim encontrar o local mais próximo para comprar e vender moeda estrangeira, além de sacar ou trocar moedas por reais. O sistema informa o endereço, telefones, horário de funcionamento, serviços e tipos de atendimento da instituição selecionada.

Segundo o Banco Central, há, atualmente, cerca de 13 mil pontos de câmbio no Brasil. Se forem consideradas as máquinas de saques (ATM), nas quais será possível sacar reais com cartão de crédito internacional, há mais de 100 mil pontos disponíveis, informou a instituição. Entretanto, foram cadastradas no aplicativo somente 10 mil máquinas de saque.

O aplicativo do BC também faz a conversão de mais de 160 moedas diferentes e mostra o histórico das cotações realizadas, acrescentou a autoridade monetária.

‘Dinheiro Brasileiro’

Além do aplicativo para localizar casas de câmbio e ver o valor da taxa de câmbio, o BC também disponibilizou para "download" em tablets e smartphones outra ferramenta, chamada de "Dinheiro Brasileiro" – que fornece informações sobre os elementos de segurança do dinheiro brasileiro.

O objetivo é facilitar o reconhecimento das cédulas do Real pela população brasileira e pelos turistas estrangeiros. Ao posicionar o smartphone ou o tablet sobre a cédula, informou a autoridade monetária, o aplicativo identifica a nota por comparação de imagem. Em seguida, mostra os elementos de segurança que devem ser observados, mas não confirma se a determinada cédula é falsa ou verdadeira. Essa verificação deve ser feita pelo usuário. O sistema está disponível em português, inglês e espanhol.

A instituição lembrou que as cédulas do Real contêm "diversos" elementos de segurança de fácil identificação. Por exemplo, o número escondido – numeral com o valor da nota – fica visível quando ela é colocada na posição horizontal, na altura dos olhos, em local com bastante luz, observou o BC. Já a marca-d’água revela o valor da nota e a imagem do respectivo animal. O alto-relevo pode ser sentido pelo tato em diversas áreas das notas, acrescentou.

O chefe do Departamento do Meio Circulante do BC, João Sidney de Figueiredo Filho, informou que 520 mil notas falsas foram tiradas de circulação em 2013, sendo que existem quase 6 bilhões de cédulas no Brasil. Segundo ele, a média de cédulas falsificadas no país no ano passado ficou em 87 por um milhão – um pouco acima da média de 60 por milhão dos Estados Unidos e Europa – mas abaixo de valores registrados no Brasil no passado. "Se suspeitar que a nota é falsa, não é obrigado a receber", disse ele, lembrando que as pessoas não são ressarcidas pelos bancos se receberem notas falsificadas.



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