Saúde

Dia Nacional do Combate ao Glaucoma: prevenção é a peça-chave


26/05/2014

O cuidado preventivo com a saúde ainda é raro entre os brasileiros. Muitos só procuram o médico, ou outro profissional da saúde, quando sentem algum tipo de incômodo, e isso pode apresentar riscos desnecessários, pois, em determinadas doenças, os sintomas só aparecem quando já se está em estágio avançado, como é o caso do glaucoma.

Dados recentes da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que cerca de 900 mil brasileiros já foram diagnosticados com a doença, e para conscientizar a população, nesta segunda-feira (26) é celebrado o Dia Nacional do Combate ao Glaucoma.

​O problema é caracterizado pela pressão intraocular elevada, que provoca uma lesão no nervo ótico e, consequentemente, prejudica a visão. Quanto maior for a pressão, maiores são os danos. Segundo a oftalmologista do Hapvida Saúde, Elainy de Carvalho, para evitar complicações, é importante detectá-lo precocemente. “O glaucoma não apresenta sintomas no início, eles só aparecem quando a doença já está em estágio avançado, e isso pode atrapalhar bastante o tratamento”, explica.

O principal indício de que o glaucoma já está instalado há muito tempo é a perda de qualidade da visão periférica, como embaçamento. Se o paciente não tomar os cuidados necessários, o quadro só tende a piorar, pois, se não for tratado adequadamente pode levar à cegueira.

Existem quatro tipos da doença: o glaucoma de ângulo aberto, que é o crônico e o mais comum; o glaucoma de ângulo fechado, que se apresenta de maneira aguda e com sintomas mais acentuados; o glaucoma congênito; e glaucoma secundário, causado por remédios (principalmente os corticóides), doenças oculares e doenças sistêmicas (que podem afetar todo o organismo).

Prevenção

O ideal para se combater o glaucoma é fazer exames oftalmológicos ​ periódicos, como recomenda Elainy. “Como qualquer outro especialista, o oftalmologista deve ser visitado para realização de exames anuais.” E essa dica serve para todas as idades, pois, apesar de ser mais comum em adultos a partir dos 40 anos, ninguém está livre do glaucoma, embora existam alguns fatores de risco, como histórico familiar, lesão ocular prévia, miopia e diabetes.
Atualmente, os profissionais têm à disposição exames eficientes para o diagnóstico preciso, são eles: a oftalmoscopia, que a observação do interior do olho através da pupila dilatada; a tonometria, para averiguação da pressão ocular; e a campimetria, exame que avalia a precisão ou falhas da visão central e periférica.

Tratamento

O glaucoma é uma doença que não tem cura, mas é possível controlá-la. O tratamento é feito com colírios que vão proteger o nervo ótico e impedir que a visão do paciente seja afetada, “mas em alguns casos, onde esses colírios não surtem efeito, a cirurgia é recomendada para diminuir a pressão ocular”, afirma ​a especialista do Hapvida.



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