Saúde

Procurador reúne secretário e cooperativas para discutir contratação de médicos

Terceirizações


04/04/2014



{arquivo}O procurador do Trabalho Eduardo Varandas Araruna reunirá hoje (sexta-feira), a partir das 9 horas, o secretário estadual da Saúde, Waldson Dias de Souza , representantes da Cruz Vermelha do Rio Grande do Sul (gestora do Hospital de Trauma), de cooperativas médicas e do Ministério Público Federal para discutir sobre terceirizações, codificados (servidores sem registro que recebem pelo CPF) e temporários nos hospitais estaduais. A reunião foi provocada pelo Sindicato dos Médicos (Simed/PB) e pelas cooperativas médicas da Paraíba, em solicitação de audiência ao Ministério Público doTrabalho.

Na solicitação, o sindicato informa que tem recebido denúncias de que o governo do Estado continua pagando médicos que prestam serviços nas diversas unidades hospitalares usando o artifício de pagamento através de CPF “na boca do caixa” – os chamados codificados.

O presidente da entidade, Tarcísio Campos Saraiva de Andrade, lembra que, em recente reunião no MPT, ficou decidido que o Estado deveria entregar a escala dos plantonistas anestesistas, “assim como um cronograma para realizar concurso público com remuneração digna para os médicos. No entanto, até agora não temos conhecimento se tais encaminhamentos foram efetivados”.

“Já temos informações sobre a dificuldade de realização de cirurgias infantis no Hospital Arlinda Marques, como também nos hospitais Edson Ramalho, o mesmo ocorrendo nas unidades de Itapororoca, Itabaiana e Guarabira. Além do mais, é fato público e notório que está em curso, no âmbito da administração estadual, uma privatização de hospitais públicos, que seriam entregues às chamadas organizações sociais, sem os devidos procedimentos legais”, continua o presidente do Simed/PB.

Já o presidente do Sindicato das Cooperativas do Estado da Paraíba, André Pacelli Bezerra Viana, disse, em sua solicitação, que existe uma situação de “insegurança jurídica no tocante ao trabalho dos nossos médicos cooperados, relativo à contratação junto ao Hospital de Trauma do Estado” e destaca, ainda, “as condições de precarização dos vínculos a que estão sendo submetidos por parte tanto do Estado da Paraíba como da entidade gestora do Hospital de Trauma”.

Para o procurador Eduardo Varandas, “a situação da saúde no Estado da Paraíba é deveras preocupante e somente a conjunção de esforços poderá resolver o problema. A população carente, em hipótese alguma, poderá ser prejudicada"



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