Na noite desta quinta-feira, 30, a pré-candidata do Partido dos Trabalhadores da Paraíba (PT-PB) ao Governo do Estado, Nadja Palitot, esteve reunida com o presidente estadual, Charlinton Machado, junto com outros setores do partido, para receber sugestões que poderão compor o Plano de Governo

Antes de falar sobre a reunião, ela revelou que a pré-campanha esta muito boa, “cada vez mais fortalecida”, e mencionou a retirada da pré-candidatura do presidente do Sindicado dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques: “Ele abraçou a nossa candidatura, e eu não canso de agradecer ao setorial sindical, ao companheiro Marcos, ao desprendimento e ao amadurecimento político”.

Sobre o encontro, Nadja disse que “foi uma reunião alegre, para cima. O partido está vibrante. A minha fala foi no sentindo de agradecer a acolhida de todos os companheiros e receber as sugestões de todos os setoriais, pois é a representação da própria sociedade”. O projeto do Plano de Governo do PT será construído com a sociedade, porém, com grande influência das sugestões dadas pelos setoriais do partido pela sua militância.

Questionada sobre quem será o candidato do Blocão, a pré-candidata do PT revelou que acredita que o seu partido saiu na frente: “Depois que foi lançada a nossa pré-candidatura todo mundo se antenou, correu atrás, e apresentou as suas pré-candidaturas. Nesse aspecto isso foi muito positivo”.

Para ela, o Blocão estava meio parado, e a imprensa já estava cobrando os nomes dos pré-candidatos, no entanto, fez questão de enfatizar que mesmo saindo na frente na divulgação do nome dela como pré-candidata ao Governo do Estado, “isso não significa, em absoluto, que o PT não vai conversar mais com ninguém”, ou que esteja fora do Blocão.

“Muito ao contrário. Nós continuamos conversando com os companheiros do Blocão. Respeitamos os outros partidos que também estão apresentando seus pré-candidatos, e agora começa a haver a acomodação dessas forças e a maturação desses entendimentos. Acho que isso é extremamente importante. O Blocão não acabou, pelo contrário, está forte e firme com mais de uma pré-candidatura ao Governo do Estado, e vamos caminhando para o diálogo para as conversas, e isso é muito positivo”, disse.

Sobre a pré-candidatura de Veneziano Vital pelo PMDB, Nadja disse que o partido não está no Blocão, porém, apresenta uma candidatura de oposição: “Nós apoiamos o PMDB em 2002, 2006 e 2010. Hoje temos a Presidência da República, temos a única prefeitura do Nordeste pelo partido, com 76% de aprovação, então acho que estamos absolutamente aptos para apresentar uma candidatura majoritária”.

Desfiliações

Indagada sobre a reunião que decidiu pela desfiliação dos militantes que insistiram em permanecer com cargo do Governo do Estado, realizada na última quarta-feira, 29, Nadja Palitot disse que viu a atitude do partido com muita tranquilidade: “Acredito que reina a democracia. Se nós estamos em um partido que faz oposição ao governo e um filiado tem um cargo neste partido, ele tem duas opções: ou se desliga daquele governo que não é nosso aliado, ou opta por ficar com o cargo e se afasta do partido. As duas coisas são incompatíveis”.

Ela destacou que o PT deu um determinado tempo para que essas pessoas refletissem, pensassem e tomasse as suas posições, e ao mesmo tempo, o partido já tinha anunciado o que iria fazer. “Não se pode incentivar, e nem ficar em estado contemplativo em relação à infidelidade partidária. Isso desestimula os outros companheiros que enfrentam todos os revezes da vida pública fazendo oposição aos poderosos e as empoderados do momento. Realmente a posição foi corretíssima, e eu parabenizo o partido por isso”.