Economia & Negócios

Déficit habitacional diminui, mas ônus com aluguel aumenta no Brasil, diz Ipea

ipea


25/11/2013



 O déficit habitacional no Brasil caiu de 5,59 milhões de domicílios para 5,24 milhões de domicílios entre 2007 e 2012, segundo estudo divulgado pelo Instituto do Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta segunda-feira (25). A análise tem como base dados da Pesquisa Nacional de Amostra Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os componentes do índice de déficit habitacional, o ônus excessivo com aluguel foi o único a registrar crescimento. A alta é de cerca de 30% em cinco anos. Em 2012, cerca de 2,293 milhões domicílios empenhavam 30% ou mais da renda com aluguel, ante 1,756 milhão em 2007. O aumento no valor cobrado, segundo o estudo, reflete a valorização imobiliária nas cidades brasileiras no período em questão.

Na avaliação dos demais componentes do índice, o número de habitações precárias diminuiu 30%, e de coabitação familiar, 26% entre 2007 e 2012. O adensamento excessivo em domicílios locados ficou estável.

Baixa renda

O déficit habitacional tem maior impacto entre famílias de baixa renda. Cerca de 74% do índice era composto por famílias em domicílios com renda de até três salários mínimos em 2012. Houve um aumento de 4% em relação aos valores de 2007. Domicílios com renda acima de dez salários mínimos, no entanto, reduziram a participação em 30%.

Na faixa de renda de três a cinco salários mínimos, a queda foi de 11,5% e na de cinco a dez mínimos, a redução ficou em 10%.

Rural x urbano

O déficit brasileiro é um fenômeno urbano, equivalendo a 85% do total e apresentando estabilidade de 2007 a 2012. Já o déficit rural caiu cerca de 25%. No entanto, o principal problema da zona rural são as habitações precárias, que apesar de ter registrado queda de 27% no período, representa 70% do décifit total.

 



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