Paraíba

MST: marcha com mais de 1,5 mil se aproxima do Centro de João Pessoa

Protesto


15/10/2013

Cerca de 1.500 trabalhadores sem terra que estão se dirigindo, a pé, vindos do município de Caaporã para João pessoa, desde ontem, para reivindicar das autoridades do estado agilização do processo de desapropriação das terras da antiga usina Maravilha. Nas terras da usina se formou um acampamento com cerca de 1.300 famílias, lideradas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), desde julho.

Depois de 12 horas de caminhada, os sem terra chegaram na manhã desta terça-feira (15) a João Pessoa e neste momento se aproximam do Centro da cidade.  Eles seguem para  a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no bairro Pedro Gondim. Os manifestantes querem ser recebidos pelo pelo superintendente do órgão e debater temas relativos à reforma agrária.

Segundoo deputado  Frei Anastácio, os trabalhadores também querem resposta sobre o caso dos três policiais pernambucanos que tentaram invadir o acampamento Wanderley Caixe, foram desarmados, detidos e entregues a polícia, no dia 5 deste mês.

O parlamentar disse que a luta por terra é para garantir alimentos na mesa dos paraibanos para que haja real desenvolvimento do estado. A caminhada está prevista para chegar nesta terça a João Pessoa. Ontem, à tarde, em Pedras de Fogo houve audiência com o juiz da Comarca, Willian de Souza Fragoso, que revogou o mandado de reintegração de posse das terras da usina Maravilha.

Participaram da audiência, o deputado Frei Anastácio, o superintendente do Incra/PB, Cleofas Caju, Paulo Sérgio representando o MST, além de assessores do mandato de Frei Anastácio e do Incra. O representante do governo do estado, chefe da Casa Civil, Lúcio Flávio, não compareceu.

Frei Anastácio relatou ainda que durante a audiência, o juiz garantiu aos trabalhadores que não haveria cumprimento do mandato de reintegração de posse enquanto não se esgotarem todas as negociações. O petista reconhece que há complexidade na resolução dos problemas que envolvem as terras da usina Maravilha. Ele elogiou a ação do juiz em suspender o mandado de reintegração de posse.



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