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Colega confessa assassinato de estudante universitária, diz polícia do Rio


13/10/2013



 

Alcimar Alves, de 44 anos, confessou à polícia ter assassinado a jovem Pâmela Belarmino Vilas Boas, de 19 anos, encontrada morta neste sábado, na Praia da Ribeira, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. A informação foi confirmada pela Polícia Civil nesta manhã e a prisão temporária do homem já foi decretada. De acordo com a polícia, Alcimar confessou o crime em frente à família da jovem. O depoimento durou quatro horas. O homem foi detido no início deste domingo. De acordo com uma amiga da vítima, Ana Lúcia Assis, peritos encontraram fios de cabelo da estudante no carro do suspeito. Ana Lúcia informou que o homem estudava na mesma universidade de Pâmela.

O corpo da jovem foi encontrado com marcas de estrangulamento e com o dedo de um dos pés quebrado. O enterro aconteceu no Cemitério de Irajá, ao meio-dia deste domingo, em clima de comoção.

 

De acordo com o pai da jovem, o microempresário Luiz Cláudio Villas Boas, de 46 anos, a filha chegou a contar à família que era assediada pelo estudante, mas não levou as investidas a sério. Para a jovem, segundo o pai, o assédio não passava de brincadeira. A mãe de Pâmela disse que não sabe como será a vida dela daqui pra frente sem a filha. Segundo Márcia Belarmino, ela e a jovem moravam sozinhas em Vigário Geral. Márcia conta que a filha era muito dedicada aos estudos e não faltava ao trabalho.

Pâmela estudava Administração em uma universidade particular em Bonsucesso e fazia estágio em uma seguradora, no Centro. Na sexta-feira, a mãe da menina estranhou que a filha não deu nenhum sinal à tarde, ao chegar ao estágio. Pâmela sempre entrava no Skype por volta de uma da tarde e se comunicava com a mãe. Neste dia, ela não apareceu. Preocupada, a mãe foi à Delegacia de Bonsucesso registrar o desaparecimento da estudante e espalhou cartazes por bairros da Zona Norte. Parentes e amigos postaram mensagens na internet pedindo informações sobre o paradeiro da menina.

— Foi uma fatalidade, tragédia mesmo. Fizeram uma violência com ela, porque minha filha era uma pessoa super simples, tranquila, caseira, só vivia para casa, comigo. Ela era cautelosa, não pegaria carona com estranhos. Esta pessoa não sabe o que ela fez na minha vida, me deixou sozinha. Éramos só eu e ela — lamenta a mãe da vítima.

Segundo testemunhas, Pâmela foi vista pela última vez, às 10 horas da manhã de sexta-feira, saindo da faculdade. A mãe da jovem disse que a polícia já solicitou as imagens de câmeras dos ônibus da linha 334, que passaram pelo ponto de ônibus que a estudante costumava pegar condução. Márcia disse ainda que pediu as imagens das câmeras de segurança da universidade.

Este foi o segundo caso de estrangulamento em menos de uma semana no Rio. Na última segunda-feira, a estudante Cláudia Marinho de Lima, de 18 anos, foi encontrada morta em um terreno baldio, em Campo Grande, na Zona Oeste. A polícia aguarda laudo dos exames feitos no Instituto Médico Legal para confirmar se a jovem foi vítima de violência sexual. Na sexta-feira passada, Cláudia publicou no Facebook mensagens à procura de um namorado. A polícia investiga se o crime tem relação com as publicações na rede social.

 


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