Os juros futuros de curto prazo abriram em alta e com volume expressivo para o horário nesta segunda-feira (7), em um movimento de ajuste à alteração na metodologia de cálculo da taxa DI (Depósito Interfinanceiro) a partir de hoje.

Os juros para os vencimentos intermediário e longo, por sua vez, acompanharam na abertura a valorização do dólar ante o real, mas a subida foi limitada pelo recuo dos juros dos Treasuries e, assim, as taxas oscilam perto dos ajustes anteriores.

A taxa DI, que é referência para negócios e calculada diariamente pela Cetip, voltou a saltar na sexta-feira (4), para 8,83%, de 8,70% na quinta-feira (3). O aumento exige um ajuste, principalmente nos juros de curto prazo, a exemplo do que ocorreu no último dia 25, quando a taxa fechou em 8,81%, ou cerca de dez pontos-base acima do nível em que vinha sendo negociada.

Após aquele movimento (8,81%), a Cetip anunciou a segunda alteração na metodologia de cálculo do DI. É uma ação "preventiva" e que "não tem relação com o descolamento das taxas Selic e DI", segundo a companhia.

No exterior, os investidores fogem do risco, diante da paralisação do governo dos EUA e da ameaça desse "fechamento" sobre a elevação do teto da dívida, que será alcançado no próximo dia 17. Neste ambiente, o dólar abriu com viés de alta ante o real e subia 0,14% no balcão, a R$ 2,214, às 9h40. Já o juro da T-note de dez anos caía para 2,610%, às 9h41, de 2,652% na tarde de sexta-feira, 3.

Às 9h41, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2014 apontava 9,440%, ante 9,409% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2015 indicava 10,14%, na mínima, de 10,14% no ajuste anterior e o DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 11,26%, na mínima, ante 11,28% no ajuste de sexta-feira.

Em tempo: a semana reserva a divulgação da inflação oficial pelo IPCA em setembro na quarta-feira (9). No mesmo dia, o Comitê de Política do Banco Central decide sobre a Selic.