Paraíba

MP e Procon ingressam ação civil pública contra bancários

greve


04/10/2013

A falta de envelopes para depósito nos terminais bancários, a abstenção da cobrança de juros, multas contratuais e demais encargos financeiros, desde o inicio da greve, prorrogando-se, ainda, os vencimentos dos títulos bancários e contratos por no mínimo 72 horas após o término da greve, foi o tema de uma ação civil pública da Promotoria do Consumidor de João Pessoa e do Procon Estadual contra a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

A ação, ingressada pela promotora de Justiça Priscylla Maroja e pelo diretor do Procon, Marcos Santos, requer ainda que os bancos se abstenham de cobrar qualquer taxa referente à devolução de cheques ocorridos no período de greve já que o sistema de compensação bancária permanece ativo e os correntistas não tem como efetuar o depósito bancário para “cobrir” seus débitos em suas contas correntes.

O Ministério Público e o Procon querem ainda que os bancos disponibilizem funcionários para auxiliar os usuários com dificuldades de utilização dos serviços, como portadores de deficiência, que garantam o abastecimento de caixas eletrônicos, o pagamento de funcionários públicos, pensionistas e aposentados e a não negativação dos correntistas junto aos órgãos de proteção ao crédito.

A Promotoria pede ainda na ação que as instituições bancárias concedam prazo suficiente para que os consumidores saldem seus compromissos com a normalização dos serviços bancários, sob pena de multa diária no valor de R$ 100 mil aplicável em caso de descumprimento da medida.

A ação foi ingressada por causa do descumprimento, por parte dos estabelecimentos bancários, do acordo firmado com o Ministério Público e o Procon, na semana passada, quando se comprometeram a disponibilizar envelopes de depósito, abastecer os caixas eletrônicos e garantir o pagamento dos salários.
 



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