O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) pediu, nesta quarta-feira (4), a votação do requerimento que se encontra na Mesa do Senado pedindo urgência na tramitação do Plano Nacional de Educação. O senador acredita que o assunto já foi amplamente discutido pelos parlamentares e não que nada impede sua votação em Plenário.

— Para nós será uma vergonha chegar ao final do ano de 2013, três anos depois de ele ter chegado ao Congresso Nacional, e dizermos: "Não votamos o Plano Nacional da Educação", que é o Plano 2011/2020. É para 2020, mas nós estamos em 2013 e ainda não concluímos a sua votação.

O senador defendeu o investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação, conforme previsto no plano alertando que se as fontes atuais de financiamento da educação forem mantidas, mesmo com os royalties e com o Fundo Social do Pré-Sal, o país ainda demorará cerca de 50 anos para alcançar os países em desenvolvimento, em termos de qualidade da educação.

— Fez-se um esforço concentrado com a pauta das ruas. E o Plano Nacional de Educação? Por que não o conseguimos votar? Qual é a dificuldade? Onde repousa a dificuldade de votar o Plano Nacional de Educação? Nas mudanças que queremos realizar? Nós as faremos aqui no Plenário.

Inácio Arruda explicou que dobrar os gastos com educação significa investimento na qualidade e na eficiência da formação do povo e lamentou que os empreendimentos que o Brasil precisa realizar para desenvolver a sua infraestrutura, por conta da baixa qualidade da educação, estão exigindo que se tragam profissionais de outros países.

— Eu gostaria de ver lido e votado esse requerimento, pois eu o considero fundamental, importantíssimo para dar a celeridade que precisa ser dada ao Plano Nacional de Educação. Não é possível aceitar, não vamos ficar aqui esperando que um dia alguém resolva trazer o plano para cá.