Saúde

Em Cabedelo: Debate sobre poluição causada pelo Petcoke acaba em confusão

tóxico


14/08/2013



Os debates foram intensos na Câmara Municipal de Cabedelo. Na noite desta terça-feira, 13, os parlamentares discutiram formas de evitar poluição tóxica ambiental provocada pelo Petcoke, além dos perigos que este produto representa. O Petcoke possui em sua composição elementos tóxicos do petróleo, tais como enxofre, metais pesados e hidrocarbonetos voláteis reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde como carcinogênicos, quase terminou em quebra-pau.

O professor do IFPB Rogério Silva Bezerra teve que sair escoltado pela polícia, já que ele defende a proibição do transporte de Petcoke, que qualificou a sessão como circo de horrores “Mais uma vez o poder público cumpre seu papel: todos os vereadores a favor do petcoke…espero que postem o vídeo para que vocês vejam as agressões e provocações a violência…foi um circo dos horrores!!!”.

O Artista gráfico Ricardo Viana denunciou no Facebook que o Superintente do Porto levou trabalhadores para sessão, formando uma verdadeira clark em favor da poluição da cidade portuária: “O debate foi injusto por que o presidente do porto levou os empregados mal informados para pressionar a seu favor, enquanto do outro lado os poucos que tiveram a coragem de falar foram hostilizados pela plenária descontrolada. O professor Rogério quase foi escorraçado no meio de sua fala. Ninguém ali estava contra os trabalhadores e sim a favor de qualidade de trabalho, consequentemente de vida, porém fizeram questão de manipular o debate e colocar as opiniões opostas ao mal armazenamento, transporte e manipulação do coque PRETO contra os trabalhadores”, desabafou Ricardo Viana.

Cansados de reclamarem contra poluição causada por "Petcoke", um derivado de petróleo que chega mensalmente ao porto de Cabedelo, os moradores da cidade portuária devem realizar um grande Ato Publico ainda esta semana para protestarem conta a poluição causada pelo transporte de produtos que são descarregados no porto.

Conhecido como coque verde de Petróleo embora seja um subproduto do processo de refino, o petcoke ganhou valor comercial e passou a ser comercializado como combustível em fornos e caldeiras, sendo utilizado em cimenteiras, indústrias de cerâmica, calcinadoras de gesso e outras. Segundo especialistas, o petcoke possui em sua composição elementos tóxicos presentes no petróleo, tais como enxofre, metais pesados e hidrocarbonetos voláteis. A sua utilização como fonte energética gera, dentre outras substâncias, dioxinas e furanos, reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde como carcinogênicos.

Em 2009 O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a partir da ação do promotor de Justiça Salomão Aziz Ismail, celebrou um termo de ajustamento de conduta com o Terminal de Combustível da Paraíba Ltda (TECOP) para regulamentar a retirada de parte do petcoke, também conhecido como coque verde petróleo, das dependências do Porto de Suape. De acordo com o promotor, "há indícios de que essa substância pode causar danos graves à saúde humana e ambiental, e isso se torna um forte motivo para tirá-la de Suape".
 



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