Paraíba

Prefeito regulamenta jornada para enfermeiros e anuncia contratação de 600

30 horas


16/07/2013

O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, e o secretário de Saúde, Adalberto Fulgêncio, assinaram, nesta terça-feira (16), o decreto de regulamentação das 30 horas de jornada de trabalho para os profissionais de Enfermagem e Psicologia. Na solenidade, o prefeito ainda anunciou a contratação de 638 profissionais da Saúde, entre os aprovados no último concurso municipal para a área. O anúncio foi feito durante solenidade realizada no Paço Municipal, Centro.

“Estamos cuidando de quem cuida da saúde da população”, afirmou o prefeito Luciano Cartaxo. “Não podemos imaginar que profissionais expostos a longas jornadas de trabalho possam dar o seu melhor. A regulamentação é a garantia de que eles poderão passar mais tempo com a família, com os amigos e também buscar mais qualificação, o que vai refletir no atendimento”, completou.

O cumprimento do compromisso, que foi firmado ainda durante a campanha, foi destacado pelo vice-prefeito Nonato Bandeira. “Estamos aqui referendando compromissos. Hoje estamos dando mais uma prova, entre tantas, de que esta é uma gestão de palavra”, defendeu.

O secretário municipal da Saúde, Adalberto Fulgêncio, destacou a garantia do benefício sem que haja redução de salário. “Não se trata de reduzir a jornada, mas de gerenciar corretamente a carga horária. Isso vai melhorar o atendimento como um todo. Estamos oferecendo aos profissionais uma oportunidade de entregar um serviço de saúde cada vez melhor. E fizemos isso de forma racional e democrática, por meio de muito diálogo”, afirmou.

Ainda estiveram presentes no evento o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Vandinei Viegas, e o deputado estadual Anísio Maia. Também compareceram os vereadores Helton Renê, Djanilson Fonseca, Luís Flávio, Santino, João dos Santos, Bosquinho e Sérgio da SAC.

Jornada – Em João Pessoa, 1.024 profissionais passam a contar com a nova realidade, uma demanda antiga das categorias. Serão 309 enfermeiros, 644 técnicos em enfermagem e 71 psicólogos. A necessidade da redução da jornada de trabalho, segundo os conselhos de classe, se dá devido à crescente complexidade das atividades relacionadas às duas profissões e ao risco de erros provocados por fadiga e estresse.

“Esta é a certeza de que os profissionais poderão dar o seu melhor e oferecer um serviço de qualidade. Por isso só temos a agradecer à Prefeitura”, declarou o presidente do Conselho Regional de Psicologia, Wanderley Américo. A representante do Conselho Regional de Enfermagem, Alana Gomes, concordou. “A Prefeitura mostra que está partilhando da nossa luta e, por isso, é uma grande alegria poder testemunhar este momento”, afirmou.

Outras entidades de classe prestigiaram a solenidade e agradeceram pelo atendimento da demanda. “Esta é uma luta nacional e, por isso, essa ação é um sinal de valorização e respeito. Os enfermeiros estão acostumados a rotinas desgastantes e pouco tempo para investir em si mesmos, seja como pessoa ou como profissional, buscando capacitações ou especializações. Por isso esse é um grande benefício também para a população”, defendeu a presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Eva Vicente.

A presidente do Sindicato dos Psicólogos, Vânia Trigueiro, afirmou estar vivendo um momento sublime. “Nossa categoria ainda tem grandes pautas para debater com o poder público, mas essa ação me faz acreditar nesta gestão. Quando procuramos a Prefeitura fomos recebidos desde o primeiro momento e ouvidos. É muito bom ver que ainda podemos acreditar em políticos, pois, isso sim, é fazer política”, declarou.

Mais profissionais – Com a diminuição da jornada de trabalho, a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) vai contratar 380 novos profissionais das áreas de Psicologia e Enfermagem, por meio de concurso público já realizado. Os contratados vão suprir a demanda gerada pelo ato de redução do tempo de trabalho e vão representar um investimento de R$ 668 mil mensais.

Além deles, serão contratados outros 258 profissionais para diversos setores, como a Cardiologia, o Plano Emergencial de Pediatria, o Centro Sem Dor, o Serviço de Apoio aos Distritos de Saúde e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O ato vai representar um investimento mensal de R$ 792 mil.

 



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