Educação
Cerca de 65% dos estagiários são efetivados nas empresas em que trabalham
Educação
20/05/2013
Cerca de 65% dos profissionais em início de carreira são efetivados nas empresas que estagiam, segundo aponta uma pesquisa da TSN InterScience realizada neste ano a pedido do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola). Para o superintendente de operações do centro, Eduardo de Oliveira, a falta de mão de obra no mercado de profissionais efetivos está fazendo com que as empresas busquem profissionais em fase inicial de carreira.
— E o número só não é ainda maior por conta das contratações em órgãos e empresas públicas, já que nelas os cargos de carreira são preenchidos por meio de concurso público.
O superintendente lembra, no entanto, que as empresas estão cada vez mais exigentes quanto às qualificações dos jovens, e que querem deles quase o mesmo que exigem de um profissional formado, como bom nível de inglês, domínio de informática, criatividade e liderança.
Porta de entrada
O nível de exigência e o aumento da concorrência a partir do maior número de faculdades dificultam a entrada de estudantes no mercado, mesmo em áreas de alta procura por profissional, lembra Oliveira.
— É oferta e procura. Algumas têm momento de alta e outros de baixa e às vezes a empresa recruta cinco candidatos e não consegue preencher a vaga.
A universitária Desirée Nahtaly Pereira, que estuda Gestão Financeira, observa que ela e seus colegas são convidados para poucas entrevistas, mesmo quando inscritos em empresas de recrutamento.
— Poucas vezes chamam. Não parece ter tanto espaço assim.
Uma das explicações pode estar na mudança no perfil do estagiário que procura uma oportunidade no setor de serviços. Orientadores e atendentes presentes no estande do Bradesco na 16ª Feira do Estudante – Expo CIEE 2013, realizada neste final de semana na Bienal do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, por exemplo, contam que o candidato em busca de um estágio no banco não necessariamente busca esta carreira. Hoje em dia, o jovem vai em busca do salário, avaliam.
Um diferencial para ter mais chances de trabalho no começo da carreira é o estágio no Ensino Médio, conta Oliveira, do CIEE.
— São cargos de serviços gerais, oferecidos por empresas do setor público e prefeituras. É o primeiro contato com o mercado de trabalho, onde o jovem sabe o que é ter um chefe, como funciona o ambiente etc..
O profissional de marketing, Ricardo Purtásio, hoje formado, pode afirmar que seu estágio durante os anos de estudo no Ensino Médio teve reflexo na carreira profissional.
— Foi mais fácil achar o primeiro estágio, que normalmente é bem difícil. Na época, eu só queria ter um dinheiro, mas na hora de ir ao mercado eu já tinha criado responsabilidade e foco. O empregador vê que você é comprometido desde cedo.
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