Internacional

Ataques de Israel à Síria elevam tensões regionais

Tensão


05/05/2013

 Os recentes ataques de Israel ao território sírio desataram uma escalada de tensões na região.

Segundo a TV estatal síria, foguetes disparados por Israel atingiram um complexo militar de pesquisas científicas em Damasco neste sábado (4).

Grandes explosões foram ouvidas na cidade e uma imagem divulgada pela Ugarit News mostra uma coluna de fumaça perto do local onde teria ocorrido o ataque, em Mount Qassioun — embora suas origens não tenham sido confirmadas.

Najwa, uma senhora de 72 anos, relatou à agência de notícias AFP o pânico gerado pelos ataques.

— Foi como um terremoto e o céu ficou amarelo e vermelho.

Na sexta-feira (3), outro ataque teria sido feito por Israel contra um carregamento de mísseis sírios cujo destino seria o grupo libanês Hezbollah, na versão de autoridades israelenses.

Neste domingo (5), o Irã acusou os Estados Unidos de estarem por trás do ataque da véspera e ameaçaram Israel.

Segundo o site da Guarda Revolucionária do Irã, o ministro da Defesa iraniano, general Ahmad Vahidi, acredita nessa versão.

— O ataque realizado pelo regime sionista vai encurtar a existência desse regime […] Ele foi realizado com a luz verde dos EUA e revela ligações entre terroristas mercenários e seus mestres do regime sionista.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Ramin Mehmanparast, também condenou a ação israelense e conclamou os países da região a "resistirem sabiamente a tais agressões", segundo a agência de notícias Fars.

Mais cedo, o presidente Mahmoud Ahmadinejad havia exigido, durante um discurso, que as potências ocidentais deixassem de intervir no conflito sírio.

Segundo divulgou uma porta-voz do Exército israelense, um sistema de defesa antimísseis foi reforçado no norte do país para eventuais ataques.

— O novo ataque israelense é uma tentativa de levantar o moral de grupos terroristas que estão cambaleando devido a ataques de nosso nobre Exército.

Forças do governo sírio e grupos rebeldes estão disputando o controle de áreas dos arredores de Damasco. Segundo a ONU, mais de 70 mil pessoas já morreram no conflito desde seu início, em 2011.


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