Internacional

Carro-bomba mata ao menos 13 em Damasco

Atentado


30/04/2013

 Pelo menos 13 pessoas morreram e 70 ficaram feridas nesta terça-feira (30) em um atentado com carro-bomba no centro de Damasco, que provocou muitos danos materiais em um bairro comercial, anunciou o ministério do Interior.

"O covarde atentado terrorista executado contra o centro comercial e histórico de Damasco, no bairro de Marjeh, provocou, segundo um balanço provisório, 13 mártires e mais de 70 feridos, alguns deles em estado crítico", afirma um comunicado do ministério.

"O terrorismo financiado e apoiado internacionalmente cometeu uma matança horrível contra civis no centro comercial e histórico de Damasco", denunciou uma fonte oficial, citada pela televisão estatal.

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O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que conta com uma ampla rede de informantes, formada por ativistas, médicos e advogados, informou um balanço de 14 mortos — nove civis e cinco membros das forças de segurança —, em um atentado com carro-bomba perto da antiga sede do ministério do Interior.

O OSDH afirma que o balanço aumentará porque muitos feridos estão em condição crítica, incluindo integrantes das forças de segurança.

"O que fizemos de ruim? Eu seguia para o trabalho. Olhem os corpos. Esta é a liberdade que pedem?", questionou um homem em uma entrevista exibida pelo canal estatal.

A televisão oficial exibiu as imagens de dois corpos na calçada e uma grande nuvem de fumaça no local da explosão, enquanto os bombeiros tentavam apagar o incêndio provocado pelo atentado.

Vários carros foram queimados. Os vidros do antigo prédio do ministério do Interior quebraram e um complexo comercial, chamado Burkh Dismshiq, foi afetado.

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Uma moradora de Damasco, que vive a 1,7 km do local da explosão, disse que a bomba sacudiu as portas de sua casa.

— Deve ter sido enorme para que eu tenha ouvido aqui desse jeito. O número de vítimas deve ser horrível, porque é uma praça super movimentada nesta hora do dia.

Ontem, um ataque ao comboio do primeiro-ministro matou seis pessoas, no que se tornou uma tática cada vez mais usada pelos rebeldes que lutam contra o governo do presidente Bashar al-Assad.

Os rebeldes têm aumentado seus ataques em Damasco, incluindo disparos de morteiro a partir dos subúrbios, em uma guerra civil que custou mais de 70 mil vidas, segundo estimativas da ONU.

Em julho de 2012, uma bomba matou quatro assessores de Assad, incluindo seu cunhado Assef Shawkat e o ministro da Defesa.



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